O município de Tucuruí, na região sudeste do Pará, já protagonizou muitas histórias, a partir das percepções de seus moradores e dos anseios de poder e fortuna de seus gestores. Guardião da segunda maior usina hidrelétrica totalmente brasileira do mundo (a primeira está em Belo Monte), o município em dezembro completou 72 anos de fundação e sua sede está entre as dez cidades com os maiores PIBs (Produto Interno Bruto) do Pará.
Instalada em 1984, a Usina de Tucuruí alterou a configuração do município, seja do ponto de vista da geografia, seja da economia. É um cartão postal da cidade, que hoje recebe visitantes mediante agendamento feito pela Eletronorte. A beleza da queda d’água, que geralmente ocorre entre abril e junho, gerada durante a abertura das comportas para passagem do volume das águas, também aparece como segundo ponto de visibilidade.
Mas, não é só pela barragem, que em área de terra soma 11 km de comprimento e 78 m de altura, que Tucuruí chama a atenção. Desperta curiosidades pelos conturbados bastidores da política. O município, cujo nome na língua indígena tuipí significa “rio de formigas” ou “rio de gafanhotos”, já teve, desde 1948, um total de 12 prefeitos, de diferentes partidos e formações diversas. Cada um deixou sua marca da forma que achou mais conveniente. Mas, apesar do olhar transformador, dos investimentos no turismo, da construção de grandes espaços de eventos, entre outras decisões de investimentos com motivações mais políticas que sociais, poucos gestores privilegiaram as duas áreas mais relevantes para quem ali vive: saúde e educação.
Nestas eleições de 2020 muitos personagens se recolocam na porta da casa dos eleitores, que somam mais de 72 mil votantes, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral. Outros são nomes novos, mas por trás de suas pré-candidaturas estão ex-mandatários que, por não desempenharem uma gestão de excelência, colocam “dublês” à sua frente, para chegar indiretamente ao poder, da mesma forma.
Entrevista: Nesta entrevista exclusiva com a educadora Sônia Maria Cassiano Eugênio, vamos conhecer um pouco mais sobre Tucuruí e como apostar na educação pode mudar os rumos políticos do “rio das formigas”.
BS: Como você conceitua este momento político, social e econômico vivido por Tucuruí?
Sônia Maria: Tucuruí vive um momento político conturbado e não vejo isso em função do trágico acontecimento que foi a morte do prefeito Jones William, mas pela luta e disputa do poder pelo poder. E nessa premissa de se manter ou voltar ao poder, vão se delineando as amarrações escusas e a desenfreada combinação de falta de ética com ausência de pudor, quando se trata das negociatas, para garantir as benesses que o poder proporciona, sem nenhuma, mas nenhuma mesmo, preocupação com uma proposta que vá de encontro aos anseios da população e ou com as mazelas que a afligem. Entendendo que a política tem influência em todas as outras áreas, justifica dizer que se o cenário político é incerto e/ou nebuloso, então as politicas sociais e a economia também estarão seriamente comprometidas e gravemente em crise. E não se trata de alarmismo ou pessimismo, mas vejo o cenário como a oportunidade para uma tomada de atitude: é preciso que cada um assuma a corresponsabilidade na busca por soluções para os muitos problemas pelo os quais atravessam o município hoje. É ajuizado que a consciência cidadã reconheça a gravidade do atual momento político e econômico vivido e adote uma postura capaz de fazer surgir um tempo diferente, que aponte para superação das crises maléficas que prejudicam, principalmente, os mais pobres.
BS: Nas décadas de 80 e 90 Tucuruí protagonizou uma história de desenvolvimento, visibilidade mundial, mas também de controvérsias ambientais. Como você traduz aquele momento?
Sônia Maria: É imperativo retroceder e explicitar que a realidade do município é composta de dois momentos históricos. O primeiro deles foi à implantação da Estrada de Ferro do Tocantins que visava superar as corredeiras e cachoeiras do rio e a segunda foi à construção da “maior escultura do capital internacional da Amazônia” – Hidrelétrica de Tucuruí. Desses projetos derivaram diversos condicionamentos que influenciaram inclusive os hábitos dos moradores e impactaram drasticamente o modo de vida da população aqui instalada, incluindo os povos indígenas.
Nesse intervalo de tempo, durante o qual houve uma transição democrática no Brasil, o território que foi afetado pela construção da barragem sofreu significativas transformações, em razão dos deslocamentos obrigatórios de moradores, dos problemas socioambientais gerados e da restrição ao uso dos recursos naturais, assim como em consequência das negociações árduas para a efetivação das indenizações e do processo de reassentamento das comunidades atingidas.
Apesar da promessa de desenvolvimento e a visibilidade mundial o que fomentou todo o discurso no momento em questão, foram os irreversíveis impactos ambientais provocados e/ ou a provocar pela construção da usina hidrelétrica em Tucuruí.
Vale ressaltar que não é lícito anular a importância já consolidada das usinas hidrelétricas, do contrário estaríamos colocando em cheque o próprio modelo de desenvolvimento do país. Naquele momento, contudo, os impactos ambientais causados por tais construções e as marcas deixadas em especial nas vidas dos índios e pescadores que dependiam do rio para sua sobrevivência, ficaram como um legado, que devem servir de exemplo para, no mínimo, uma maior disseminação da consciência ambiental e maior responsabilidade nas tomadas de decisões no planejamento energético nacional.
BS: Entre 1948 e 2020 Tucuruí já teve 12 prefeitos. Uns desenvolvimentistas, outros retrógrados, mas a maioria não percebeu que o município, que abriga inclusive povos indígenas, carece de saúde e de educação, áreas essenciais para a sobrevivência de um povo com dignidade. O que causou tanta omissão?
Sônia Maria: Para sermos justos, temos que convir que a omissão na área da educação, é histórica e está explicita nos registros bibliográficos e narrativos, que somente a elite tinha acesso à educação. Tal omissão do passado deixou uma herança irreparável. Os déficits gerados historicamente e que foram se acumulando ao longo do tempo e chegam aos nossos dias, são assombrosos e parecem invisíveis aos olhos do estado. O contingente de analfabetos absolutos e funcionais é elevadíssimo. Num panorama geral e superficial podemos afirmar que aproximadamente 52% do alunado que frequenta as escolas são analfabetos (faz de conta que ensina e faz de conta que aprende) e a qualidade do ensino, em que se pesem alguns avanços, ainda está longe de padrões mínimos aceitáveis. A alta dívida secular carece de demandas política transformadora e continuada, considerando que os déficits existentes interferem no desenvolvimento social, econômico e cultural. Posto isso, pode-se afirmar que, a omissão ao longo da história de Tucuruí em relação à saúde e a educação, embora não difere de muitos outros municípios brasileiros, e generalizando na avaliação dos pleitos supracitados, cabe afirmar que à falta de visão política e o desconhecimento da educação como ferramenta de transformação social tenha agravado uma realidade que já é culturalmente deficitária. Estar saudável não é garantia para um bom rendimento na escola, essa máxima é o inverso, uma pessoa com educação de qualidade é que vai ter uma vida saudável. É a (in) formação que influencia a saúde do individuo!
BS: Em 2017 Tucuruí vivenciou uma grande tragédia, com a morte do prefeito Jones Wiliam e essa tragédia criou um novo comportamento, uma nova rotina que oscila entre o medo desse passado sombrio, ainda não solucionado, e a esperança de dias melhores. O que poderia mudar positivamente esse cenário?
Sônia Maria: Sobre a referida tragédia, não me compete tecer comentário em função do desconhecimento dos detalhes que permeiam o acontecido, mas enquanto cidadã, moradora de Tucuruí e ativista dos direitos humanos, cabe dizer que foi um fato lamentável, cruel e doloroso, o mesmo sentimento dispensado por cada cidadão/cidadã que perde a vida de forma semelhante no município e mundo afora. E diante desse cenário que oscila entre a obscuridade do ocorrido no passado e a esperança de dias melhores, posso garantir que Tucuruí precisa de uma profunda renovação no cenário político que seja capaz de aperfeiçoar os processos de gestão publica e transformar positivamente a realidade social. Neste sentido, parto do princípio de que, independentemente de partido politico, é preciso romper com o ciclo vicioso de corrupção, moralizar o serviço público e fazer gestão para o coletivo, ou seja, pra quem realmente precisa e depende das politicas publicas para terem qualidade de vida e usufruir do mínimo de dignidade.
As próximas eleições serão um bom momento para exercemos o nosso poder de transformação, utilizando a arma mais eficiente que temos em nosso poder: o voto. O que poderá mudar positivamente o referido cenário, e claro, a arraigada alternância de poder, está intimamente ligado à capacidade de avaliação e análise para escolha de seus representantes.
A busca por líderes políticos que realmente estejam a serviço das pessoas, que exerçam o cargo com transparência e se mantenham longe de escândalos, são algumas das exigências que os cidadãos que exercem conscientemente sua cidadania na hora de depositar sua confiança na urna, através do voto, está a procurar e cabe registrar que essa postura é uma tendência mundial.
BS: Você, aos 55 anos de idade, tem larga experiência em gestão de pessoas e em gestão pública, na área da educação. Você acredita que investimentos nessa área, da educação, construiriam uma nova Tucuruí?
Sônia Maria: Cabe relatar que carregamos a herança de uma educação para a submissão, muito voltada para a obediência e aceitação, um retrato do período da escravidão, atrelada a um comportamento de alienação, uma das principais características do capitalismo que transforma as pessoas em objetos e, principalmente, em máquinas geradoras de riquezas a serem expropriadas pela classe dominante.
Precisamos considerar ainda, as marcas deixadas pela ditadura militar, que também transformou radicalmente a estrutura de educação básica no país.
Contudo acredito numa educação libertadora, referência para o processo de reflexão e crítica das práticas pedagógicas, desenvolvidas pela educação formal, por entender que a educação tem um papel primordial de transformação da sociedade.
Creio numa pratica educacional que tenha como princípio a clareza de que a educação é um ato político, de construção do conhecimento e de criação de outra sociedade - mais ética, mais justa, mais humana, mais solidária, como sugere Paulo Freire. A educação deve ser uma busca permanente em favor das classes oprimidas, uma luta constante pela liberdade e uma promessa para igualdade e mais ainda, para a equidade social.
Acredito sim, que investir num sistema escolar como base para a transformação e numa educação crítica, reflexiva para as crianças em nosso municipio, contribuirá para o surgimento de uma nova Tucuruí.
Vislumbro uma educação que se volte mais para o interior de cada ser humano e que valorize mais a realização pessoal do que a submissão e a obediência. Uma educação que faça com que, cada criança aprenda desde cedo a se conectar mais profundamente consigo mesma, descubra suas aptidões e que é necessário para dar sentido a sua vida e ser feliz, exercitando o saber e desenvolvendo plenamente seus potenciais.
È preciso buscar alternativas que permita, através da educação, que cada criança possa sentir prazer em estar na escola, em aprender e ter a liberdade de fazer coisas monitoradas que traga alegria para o seu coração e não que seja uma obrigação para ser aceita no ambiente social. Acredito que assim teremos adultos mais realizados e felizes, assim como uma sociedade permeada pela justiça social.
BS: Você ocupou diversos cargos públicos em Tucuruí e municípios vizinhos. Hoje é Articuladora Municipal do Selo UNICEF e do Programa Prefeito Amigo da Criança – ABRINQ. A infância e juventude são idades nas quais a educação pode mudar destinos. Como é possível mudar perspectivas de Tucuruí a partir desses projetos?
Sônia Maria: Tornando a política da criança e do adolescente prioridade na agenda de governo para estimular todos os atores, da rede de proteção e defesa do município, a se mobilizarem e implementar políticas públicas para redução das desigualdades e garantir os direitos das crianças e dos adolescentes previstos na Convenção sobre os Direitos da Criança e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Para alcançar êxito, o município deve seguir a metodologia proposta que tem como meta reduzir indicadores de Impacto Social relacionados aos direitos à saúde, educação, proteção e participação social de crianças e adolescentes, por meio de um trabalho intersetorial e integrado, envolvendo além, de todos os órgãos da gestão municipal, a esfera estadual, federal dentro do municipio, setor privado, Universidades, sociedade civil organizada, Conselhos de Direitos, Conselho Tutelares e adolescentes (NUCA).
Além do mais, o executivo precisa apurar e garantir orçamento (OCA), especifico para execução das ações, atividades e projetos previstos no Plano Municipal para Infância e Adolescencia – PMIA.
A educação pode mudar o destino das crianças e adolescentes quando estimularmos nossas crianças e adolescentes a participarem dos espaços de decisão, em especial, sobre as politicas educacionais, eles sabem opinarem o que é bom pra eles e nós precisamos respeitar e garantir suas demandas. Dessa forma podemos mudar a perspectivas de Tucuruí e de qualquer outro municipio que adotar tais práticas.
BS: Quando ocupou a Diretoria do Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vitima de Violência Domestica você acumulou novas experiências. De que forma se sente preparada para, em Tucuruí, levantar bandeiras como esta de valorização e resgate de direitos das mulheres, hoje vítimas de violações de direitos dentro de casa, no trabalho, no seio da sociedade?
Sônia Maria: Para melhor compreensão e defesa do ponto de vista, vou fazer uso, como referência, do Tratado sobre emancipação política da mulher e direito de votar, Publicado em 1868, no Brasil imperial e escravocrata, assinado como o manifesto, sob a sigla A.R.T.S. O tratado reivindica o direito das mulheres de participar da política, do mercado de trabalho, da educação e defende o voto feminino também como um símbolo dessa possibilidade de participação.
Digo isso para contextualizar a importância da emancipação econômica da mulher como possibilidade de rompimento da violação de direito e da violencia domestica familiar. Contudo a emancipação econômica só vira a partir da garantia dos direitos básicos, que inclui entre outros a educação da mulher e para a mulher - só a educação faz a diferença!, que em tese trata – se de uma cadeia de aspectos como: acesso a creches para os filhos pequenos, acesso a saúde com qualidade para estar em plenas condições físicas e psicológicas... à serem garantidos para que a mulher tenha condições de se preparar para sua independência financeira e assim ser dona do seu querer e do seu viver.
Todavia, a história da luta feminina, advém de longa data que remete a Idade Média, quando rolou a caça às bruxas, acontecimento que marcou o inicio da perseguição às mulheres que iam contra o patriarcado.
Com base em toda bibliografia disponível e a experiência acumulada, posso garantir que qualquer bandeira a ser levantada, incluindo a de valorização e resgate de direitos, perpassa pela participação política das mulheres e sua inserção nos espaços de poder e decisão.
Ao longo da história, não se tem conhecimento de nenhum direito e/ou beneficio que venha favorecer a mulher que tenha sido conseguido/alcançado sem a pressão dos movimentos de mulheres nas ruas, o que demonstra a dificuldade de reconhecer e garantir o princípio da isonomia.
Dados apontam que as mulheres representam 52% do eleitorado e corresponde a apenas 38% de representatividade, o que esta errado nessa máxima, não é o fato da mulher escolher um homem para representá - la na hora do voto, mas a educação que ela recebeu e recebe para a submissão de suas aspirações e suas escolhas ao homem, senhor e dono de suas vontades.
A essência dos direitos humanos é o direito a ter direitos e as mulheres não querem ser iguais aos homens. Nós queremos os mesmos direitos, quando se trata de salários, oportunidades, divisão de tarefas doméstica e educação dos filhos. Queremos apenas a garantia dos diretos que já são nossos. Aspiramos andar ao lado do homem... Almejamos serem mulheres com as liberdades que a Lei nos confere...
Por fim, é empoderando e incentivando a participação das mulheres na política e na busca por mais politicas para as mulheres, uma das formas de levantar a bandeira de defesa, proteção e apoio às mulheres de Tucuruí.
BS: Nenhum gestor público consegue deixar legados em um município se não souber onde e como captar recursos, se não tiver entendimento sobre a elaboração e defesa de projetos e sobre a legislação pertinente a cada área de investimentos. Você tem experiência nessa área. Como se coloca à disposição de Tucuruí com essa experiência?
Sônia Maria: Concordo com sua colocação de que gestor público e/ou pretenso gestor deve conhecer o mínimo possivel sobre captação de recursos, elaboração e defesa de projetos, legislação pertinente a cada área de investimentos, entre outros, para que não torne a gestão das politicas públicas deficitárias e/ou ineficientes do ponto de vista do gerenciamento das demandas e seus custos e nem seja ludibriado por algum vendedor de sonhos.
Vamos partir do principio de que, para contribuir no mercado de trabalho, me capacitei, através da educação formal, ou seja, mais do que a formação acadêmica, me especializei em algumas áreas, incluindo a área de Gestão e Planejamento Estratégico, além da experiência acumulada ao longo da minha carreira profissional, sempre transitando profissionalmente em ambientes de tratos com pessoas.
Sempre estive a disposição do municipio como técnica, desde 2011, em áreas, espaços e funções variadas, contribuindo sempre que solicitada com o melhor que pude absorver da minha vivência no mercado de trabalho, continuamente desempenhado com muito compromisso e gosto as tarefas a mim atribuídas.
Hoje, numa visão mais altruísta e mais consciente da capacidade e competência para contribuir com o aprendizado retido ao longo dos anos de dedicação e consolidação da carreira profissional, planejamos colocar nossa experiência à disposição, num futuro próximo, com um novo olhar para as demandas coletivas da população de Tucuruí.
BS: Você tem uma vasta experiência sobre politicas sociais, e nos parece conhecer com muita segurança as demandas e anseios da população, nas variadas áreas da gestão pública, além da comprovada competência técnica na atuação que te credencia à ocupação dos mais variados e elevados cargos como uma liderança nata e existe um burburinho nos bastidores da política, incluindo a nível de estado, sobre uma possivel pré candidatura e candidatura sua nas próximas eleições... você é ou vem como pré candidata a prefeita de Tucuruí em 2020?
Sônia Maria: Preciso de antemão esclarecer que nunca estive envolvida na linha de frente da política como candidata a nenhum cargo eletivo, embora sempre estive presente nos bastidores de campanhas eleitorais, contribuindo como técnica e como simpatizante de pessoas que pleiteavam cargos de representação.
A minha experiência política, além de sermos seres políticos é claro, perpassa pela participação social em movimentos diversos que reporta-se à atuação nos centros cívicos escolares, centros acadêmicos, movimento de mulheres, conselhos, pastorais...etc. e em termos partidários já transitei como filiada em alguns partidos, uns por comungar com a filosofia, outros para contribuir com pessoas que naquele momento tinha minha consideração como possivel representante, e atualmente – mais precisamente desde 2017, não estou filiada a nenhum partido, pela dinâmica da estratégia traçada..
Como perguntado, tais burburinhos existem mesmo e são reais. Existe um movimento em torno de uma pré-campanha que se iniciou em 2018, quando a partir de um grupo de pessoas, comecei a receber convites de alguns partidos e isso foi se intensificando durante todo o ano de 2019 e culminou com a decisão de colocar sim, o meu nome à disposição como uma opção alheia ao cultural movimento de alternância de poder nascido em Tucuruí ao longo de boa parte de sua história política e com isso passar pelo crivo avaliativo da população.
Acreditamos que Tucuruí vive um novo momento e aliado a uma nova tendência mundial que vem surgindo paulatinamente, de uma postura mais questionadora, reflexiva e consciente da escolha de seus representantes, onde nos deparamos com eleitores mais informados por meio do avanço das novas tecnologias que propiciou o acesso às mais variadas formas de informação e com isso mais exigentes ao escolher seus líderes o que torna uma oportunidade favorável ao nosso nome, aliada à proposta de renovação total e transformação da realidade que vive o município nos últimos anos, a qual vem sendo difundida à luz do que a legislação permite para este momento.
Tudo esta sendo trabalhado e preparado com muita tranquilidade e equilíbrio com o intuito de fazer uma pré-campanha voltada para a politização, conscientização e desconstrução do discurso que leva a corromper e deixar ser corrompido.
Nossa proposta repudia essa pratica e esperamos seja capaz de romper com esse ciclo vicioso que se tornou a troca do voto por benesses, que por vezes entendemos se tratar ser por extrema necessidade e vulnerabilidade social e outras pelo hábito de levar vantagem em relação ao outro.
Tucuruí merece ser contemplado com uma nova forma de fazer política, romper com as práticas nefastas da velha política que propicia entre o enriquecimento ilícito de seus mandatários, priva a população de serviços essenciais para sua sobrevivência, viola direitos constitucionais e infringe a ordem natural do acesso aos benefícios aos mais necessitados, em outras palavras: Tucuruí precisa de um sangue novo!