Infraestrutura
Foto: Rodolfo Oliveira/Ag. Pará
Uma equipe técnica do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM) recebeu nesta segunda-feira (5) auditores do Departamento de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), para uma visita de rotina às obras do prolongamento da Avenida João Paulo II. Eles foram recebidos pelo diretor de Obras do NGTM, Benevenuto Vieira, que explicou detalhes do andamento da obra e o cronograma.
A nova João Paulo II será uma via metropolitana de duas pistas para tráfego geral, cada uma com 10,5 metros de largura, separada por canteiro central e dividida em três faixas de tráfego (com 3,5 metros cada), 2,5 metros de acostamento, 2,5 metros para ciclovia bidirecional e dois metros de calçada do lado esquerdo e 1,2 metro do lado direito, no sentido Passagem Mariano/ Rodovia BR-316. Toda a obra terá 4,7 quilômetros.
O prolongamento compreende o trecho entre a Passagem Mariano e a Rodovia Mário Covas, e contará com duas pontes, uma (com 220 metros) a 60 metros da Passagem Mariano, transpondo a ponta do Lago Bolonha, e a outra (com 232 metros) a 200 metros da Rua Pedreirinha, transpondo a ponta do Lago Água Preta. A nova via terá acostamentos, ciclovias e calçadas, respeitando os preceitos legais de acessibilidade. Também contará com drenagem, iluminação pública e monitoramento de segurança. Sete passarelas para pedestres serão implantadas ao longo da via, às proximidades dos seis pares de pontos de ônibus urbanos.
“A João Paulo II é muito importante, pois, além de construir uma nova via de acesso para a cidade, também trará ganhos inestimáveis na questão ambiental, já que a obra funcionará como barreira física e sanitária para o Parque Ambiental do Utinga, que hoje sobre com o avanço urbano. Entre os principais ganhos, está a drenagem de toda a água contaminada que hoje é despejada diretamente na área verde”, explicou Benevenuto Vieira.
Preservação – O projeto da João Paulo II conta com um sistema de captação e tratamento de águas provenientes das seis bacias de contribuição, que hoje estão sendo lançadas no Parque do Utinga, o que diminuirá a contaminação dos mananciais da cidade e reduzirá o índice de doenças causadas por mosquitos, trazendo mais qualidade de vida para a comunidade. Outro benefício será a implantação de áreas de lazer, como praças com equipamentos urbanos nas áreas remanescentes do parque.
Além da preocupação ambiental, a concepção prevê uma composição paisagística, que se harmonizará com a do Parque do Utinga. Segundo o NGTM, a área será uma das mais belas de Belém e, somada à nova proposta do Parque Ambiental do Utinga, se tornará um ponto de contemplação da natureza, entretenimento, esporte e lazer.
Além da nova avenida, sete vias que completam o sistema de mobilidade receberão pavimentação, drenagem e iluminação pública. São elas: Rua Euclides da Cunha (entre João Paulo II e BR-316); Rua Moça Bonita (entre João Paulo II e BR-316); Avenida Primeiro de Dezembro (entre Rua Moça Bonita e Rua do Fio); Rua do Fio (entre Avenida Primeiro de Dezembro e BR-316); Passagem Simões (entre Rua do Fio e João Paulo II); Rua Pedreirinha (entre Passagem Francisco Novaes e João Paulo II) e Passagem Tancredo Neves (entre Rua Pedreirinha e Ricardo Borges).
Também faz parte do projeto a primeira rede de telecomunicações do Estado com cabo subterrâneo de fibras ópticas, que serão usadas para transferência de dados e internet de alta taxa de dados. O projeto permitirá a integração de unidades do Estado, como escolas e prédios públicos, a promoção da segurança pública, por meio de monitoramento remoto pelas polícias, e ainda vai beneficiar a população do entorno, com pontos de internet de acesso livre em espaços públicos.