Educação
“Defasagem idade-ano na educação básica” e “Direitos de aprendizagem” foram temas discutidos em eventos realizados na última quarta-feira (14), em Brasília (DF), com a participação do secretário de Estado de Educação, José Seixas Lourenço. O seminário “Direitos da Aprendizagem: o desafio da adequação idade-ano na educação básica” ocorreu durante reunião no Ministério da Educação, com as presenças do ministro da Educação, Henrique Paim, e de Chico Soares, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Também em Brasília foi apresentado o Projeto Mundiar, voltado à redução da defasagem idade-ano nas escolas do Pará, por Patrícia Feitosa dos Santos, representante da Seduc, durante a reunião com a equipe da Fundação Roberto Marinho sobre o projeto Telessalas. Com a presença do secretário Seixas Lourenço e de Vilma Guimarães, da Fundação Roberto Marinho, foram apresentadas experiências de sucesso na redução defasagem idade-ano nos estados do Acre e Rio de Janeiro.
Segundo Patrícia Feitosa dos Santos, que coordena o “Mundiar” no âmbito do Pacto pela Educação do Pará, os relatos do Programa Poronga, do Acre, e Autonomia, do Rio de Janeiro, demonstraram níveis significativos de redução na defasagem.
As experiências bem sucedidas são indicadores de um “Pará que está no caminho certo, onde o Pacto pela Educação é uma política de Estado”, disse Seixas Lourenço. O Pacto busca a melhoria da qualidade do ensino e o aumento, em 30%, do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) ao longo de cinco anos. Segundo o secretário, “essa é uma realidade que o Pará está preparado para alcançar”.
Resultados – “Emilly Melo, coordenadora do Programa Poronga do Acre, comentou que, quando iniciou o projeto no estado, o percentual era de 50% de distorção idade-ano no Ensino Fundamental e 75% no Ensino Médio, além de ser um dos últimos do Brasil no ranking do Ideb”, contou Patrícia Feitosa. Depois de 13 anos de implantação e permanência do programa, “o percentual baixou para 24% de distorção no Ensino Fundamental e 35% no Ensino Médio”, acrescentou.
No Rio de Janeiro, “onde o programa Autonomia, em parceria com o Telessalas, já atua desde 2009, a qualidade da educação apresenta melhoria significativa. Em 2007, o Rio era o 28º no ranking e, hoje, ocupa o 15º lugar”, ressaltou Patrícia Feitosa.