Assistência
O Pará vai ganhar o primeiro centro integrado de reabilitação da região Norte. A obra, localizada na área onde funcionaria o antigo terminal hidroviário, na Rodovia Artur Bernardes, em Belém, foi iniciada em março deste ano em função de diversas irregularidades técnicas e operacionais do antigo projeto, que foi inviabilizado por órgãos de segurança. No local, será construído o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação para Pessoa com Deficiência (Ciir), espaço criado para ser referência em saúde, educação e assistência social no Estado.
A obra faz parte do Plano Estadual de Ações Integradas à Pessoa com Deficiência - "Existir", lançado pelo governo do Estado em 2012. O projeto, que será gerenciado pelas secretarias de Estado de Assistência Social (Seas) e de Cultura (Secult), vai agregar em um só espaço assistência médica e psicológica, reabilitação, cursos de capacitação e oficinas para produção de próteses.
Segundo o titular da Seas, Heitor Pinheiro, o centro vai aumentar consideravelmente o atendimento à pessoa com deficiência no Estado, pois vai concentrar diversas atividades em um só espaço. “A descentralização dos serviços de inclusão e reabilitação atualmente é uma das maiores causas da evasão de pessoas com deficiência nesses serviços, mas a vinda desse projeto vai mudar completamente essa realidade, pois todos os serviços destinados à inclusão e reabilitação serão integrados em só local, com uma estrutura de referência nacional”, explica.
Orçado em cerca de R$ 30 milhões, o projeto de construção do Ciir está divido em quatro módulos. No primeiro vão funcionar os consultórios médicos, sala de ressonância magnética, consultórios para raios-x e raios-x digital, ultrassonografia e banheiros adaptados para pessoa com deficiência. O segundo módulo vai ser destinado para reabilitação de pacientes com piscinas, consultório para terapia infantil, brinquedoteca, musicoterapia e sala de artes.
No terceiro andar, será construído o prédio administrativo, e no último, denominado Jardim das Palmas, vai funcionar um espaço usado pelos próprios pacientes na produção de artesanato e bijuterias. Segundo o engenheiro responsável pela obra, Flávio Nascimento, a antiga edificação do terminal foi mantida e reutilizada no novo projeto. “A estrutura original não foi demolida, e muita coisa foi reaproveitada para readequação da estrutura existente”, ressalta.
O engenheiro explica ainda que as obras seguem normalmente dentro do planejamento da construtora, que prevê um prazo máximo de 18 meses para a conclusão. No projeto também está prevista a manutenção da estrutura de uma centenária igreja de pedras existente no local. Segundo o projeto de engenharia, a edificação ainda receberá ajustes para garantir a segurança dos frequentadores do espaço.
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