Saúde
Os primeiros 100 tanques de branqueamento de açaí serão entregues pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), no final da tarde desta terça-feira, 1º de julho, aos batedores artesanais que participaram do curso de capacitação em boas práticas de manipulação e processamento do açaí. A entrega será realizada no auditório da Sagri, a partir das 17 horas.
A ação faz parte do Programa Estadual de Qualidade do Açaí (Peqa) executado pela pasta de Agricultura, em parceria com as Secretarias Estadual (Sespa) e Municipal (Sesma) de Saúde, com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (Avabel). O objetivo é incentivar o uso do equipamento entre os batedores para garantir a qualidade do produto.
Recentemente, uma fiscalização conjunta do Ministério Público do Pará com a Polícia Civil, a Vigilância Sanitária e vários órgãos de Defesa do Consumidor encontrou pontos de venda comercializando o açaí de forma adulterada em Belém. Em um dos pontos, os fiscais encontraram açaí batido com papel higiênico, que era usado para engrossar a mistura. O caso ganhou grande repercussão e chamou a atenção da sociedade novamente para o processamento da fruta.
Como forma de garantir a qualidade do produto vendido à população, os batedores selecionados participarão de um projeto piloto que fará a rastreabilidade do fruto nos três principais segmentos da cadeia produtiva: a colheita, o transporte e o processamento nos pontos de venda. Esse é um passo importante para qualidade do açaí, e, sobretudo, para que o suco seja fornecido à merenda escolar nas redes estadual e municipal de ensino.
Branqueadores - O investimento foi de R$ 220 mil para a compra dos branqueadores que foram desenvolvidos por uma empresa paraense em parceria com a Avabel e o Grupo Técnico do PEQA. O protótipo foi validado pelo laboratório da Eletronorte e credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro).
O equipamento em aço inox constitui uma inovação no processo artesanal e consiste em aquecer o fruto a uma temperatura de 80ºC por alguns segundos e, em seguida, mergulhar em água fria para eliminar enzimas, micróbios e a contaminação pelo Trypanosoma cruzi, transmissor da doença de Chagas. O processo não altera a cor nem o sabor do açaí.
As vantagens do branqueador é que ele tem dimensões reduzidas, é de simples operação e baixo custo, cerca de R$ 2,6 mil. A prefeitura de Belém também fará a entrega aos batedores de 100 filtros de água, num investimento de R$ 70 mil.