Infraestrutura





Foto: Cristino Martins/Ag. Pará
As obras de prolongamento da Avenida Independência, entre os municípios de Ananindeua e Marituba, na Região Metropolitana de Belém, foram vistoriadas pelo governador Simão Jatene na manhã desta quarta-feira (16). Na ocasião, o governador e equipe técnica verificaram de perto a situação atual da obra, cuja porcentagem de evolução é de 76%.
“Em agosto próximo, concluiremos o eixo 1 da pista, que faz a ligação do trecho da rodovia do 40 horas até a BR-316, o que permitirá o acesso para a saída da região metropolitana”, explicou o titular da Secretaria de Estado de Integração Regional, Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Seidurb), Luciano Dias.
A data de entrega prevista no contrato da empresa responsável pela obra é dezembro deste ano, porém, devido ao andamento, a Seidurb trabalha com a possibilidade de a avenida ser entregue antes para a população. “Estamos em ritmo acelerado, com várias etapas concluídas. Vamos aproveitar também essa época em que as chuvas cessam um pouco para acelerar ainda mais o trabalho”, enfatizou o secretário. A obra é uma das listadas no contrato de empréstimo do Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Mobilidade – O prolongamento da Avenida Independência é uma obra complexa e extensa, executada próximo às torres de transmissão de alta tensão de energia da Eletrobrás/ Eletronorte, inserida na RMB, estabelecendo um corredor viário nos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba. A implantação da avenida está dividida em trechos determinados por etapas úteis.
Cada etapa prevê a execução de dois eixos viários com duas faixas de rolamento, contemplando escavação do subleito, confinamento de areia, drenagem profunda, sub-base em seixo, base em seixo, imprimação, pintura de ligação, binder, concreto asfáltico betuminoso usinado a quente (CBUQ), com acostamento, ciclovia, meio-fio, sarjeta e passeio.
Entre os destaques da obra está a construção de duas pontes sobre o rio Maguari, dois viadutos sobre a rodovia BR-316 e duas pontes sobre o canal do 40 Horas. “A ponte sobre o rio Maguari está bem adiantada. Uma equipe trabalha no eixo 1 (sul) e outra fabrica as vigas da ponte do eixo 2 (norte). Ainda temos outra equipe que executa a rampa de acesso. Na ponte sul já estamos com 90% de andamento, e na ponte norte, com 60%”, detalhou o titular da Seidurb.
Ginásio – Após vistoriar as obras da Avenida Independência, o governador seguiu para o novo Ginásio Poliesportivo, que faz parte do complexo do Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. O ginásio, capaz de ser sede de eventos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), além de ter espaço para shows e eventos culturais, segue os padrões internacionais de infraestrutura e tem capacidade para 11.970 expectadores e 400 cadeirantes.
A obra – que também obteve recursos via empréstimo junto ao BNDES – segue em ritmo acelerado, e toda a estrutura passa por um rígido controle de qualidade e segurança. O engenheiro responsável pela obra, Luiz Gomes Filho, explica que todas as fundações estão prontas e que, a cada concretagem, é feito teste de resistência e carga.
O ginásio contará com uma quadra, preparada para diversas modalidades esportivas, igual à quadra do Maracanazinho (que fica no Rio de Janeiro), feita de madeira maciça com sistema flexível. O espaço também será completamente climatizado, com cobertura formada por telhas termoacústicas, oferecendo mais conforto para o público. Inicialmente serão 224 vagas de estacionamento para os visitantes. O projeto também abriga áreas destinadas para restaurantes, policiamento e atendimento médico.
O Ginásio Poliesportivo do Estádio Olímpico do Pará segue o mesmo padrão arquitetônico do Mangueirão, mantendo a unidade visual do complexo. O projeto foi aprovado pelo Ministério Público na área de acessibilidade e tem rampas e elevadores de acesso para a arquibancada, tribuna e para as oito cabines de imprensa. A acessibilidade também foi pensada para a área destinada aos atletas, com espaços adaptados e, inclusive, um vestiário específico para pessoas com necessidades especiais.
Por ser um espaço multiuso, que abrigará não apenas eventos esportivos, mas culturais, o ginásio também vai contar com espaço para palco removível e toda a infraestrutura de apoio, como camarins, área exclusiva de acesso de autoridades e artistas, espaço de monitoramento do público e outros serviços. O engenheiro Luiz Gomes Filho conta que várias empresas estão interessadas nesse novo espaço de entretenimento da capital paraense.
O ginásio tem também algumas curiosidades. A estrutura abriga 900 toneladas de aço, 22 mil metros cúbicos de concreto e 92 mil metros quadrados de formas. Estão sendo usadas 750 estacas, que, somadas em linha reta, equivalem a 16 quilômetros, a mesma distância entre o bairro do Bengui e o centro de Belém. Todo aterro retirado da obra é distribuído gratuitamente para as associações comunitárias dos bairros do entorno do Mangueirão.
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Prolongamento da Avenida Independência será entregue até dezembro