Empreendedorismo
Passear pelo universo da criação artesanal reproduzido em um ambiente exótico, onde é possível conhecer a diversidade da cultura paraense, brasileira e de países como Turquia, Coréia e Japão. Essa é a proposta da terceira edição da Feira do Artesanato Paraense (Fesarte Pará), que acontece entre os dias 23 e 31 de agosto, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, com o tema “Do tradicional ao contemporâneo: O artesanato está no dia a dia”.
O evento congrega cerca de 70 estandes e 1.200 artesãos em um mix cultural, onde serão comercializadas 44.100 peças. A expectativa da Secretaria de Estado de Trabalho Emprego e Renda (Seter), organizadora do evento e coordenadora do artesanato no estado, é que 85 mil visitantes passem pelo Hangar nos nove dias da programação. Ao todo, 60 municípios de 20 estados brasileiros, apoiados pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), e outros 23 países terão a sua produção cultural exposta na Feira. O volume de vendas esperado gira em torno de R$ 882 mil.
“A feira possibilitará aos visitantes um espaço de socialização, valorização e integração de diversas expressões da cultura Amazônica, representada por meio dos trabalhos dos artesãos paraenses”, explica o secretário Rodivan Nogueira, da Seter.
Rodada – Para incrementar o evento, os artesãos envolvidos terão a oportunidade de participar da Rodada de Negócios, que possibilitará o contato direto de artesãos com 12 lojistas nacionais para o desenvolvimento de novos negócios.
Após participar da Rodada de Negócios nas últimas edições da feira, o artesão Magno Nascimento deu uma guinada nos negócios. “A Fesarte é uma porta que me abriu diversas oportunidades de negócios. Através dela fiz negociações com lojistas de São Paulo e Manaus. A dica é investir na visualização do produto, pois a feira é uma vitrine”, disse o administrador quilombola e artesão.
Além de uma vasta programação com desfiles, danças e muita música, também haverá palestras e oficinas abertas ao público. Uma das programações aguardadas é o Workshop “Do tradicional ao contemporâneo”, voltada à qualificação continuada do artesão e do trabalhador manual.
O evento valoriza uma geração de trabalho, emprego, renda, cultura e comercialização. Também inclui uma participação maior dos municípios e a comercialização entre os estados e o exterior do país, formando uma nova geração de negócios. Além da Feira Estadual, acontecem no decorrer do ano, diversas feiras artesanais em datas comemorativas, em órgãos e praças.
Os visitantes terão contato com a matéria-prima, os instrumentos do trabalho artesanal e o produto finalizado, que destacam as tipologias da balata, cerâmica, cuias pintadas, fibras, cheiro do Pará, madeira machetada, miriti e instrumentos musicais artesanais.
Quilombolas – Além da decoração, nesta edição haverá as Ilhas Quilombolas, instalações que reproduzem o cotidiano das diversas comunidades quilombolas presentes no evento, destacando elementos da cultura e tradição remanescente negra, assim como produtos de sua economia (artesanato, canto, danças e artes), para que possam ser comercializados ao longo do evento. A ilha possui o apoio da Secretaria de Promoção e Igualdade Racial (Sepir).
Indígenas – O visitante também encontrará Ilhas com os produtos tradicionais da biodiversidade dos povos indígenas das etnias Tembé, Munduruku e Wai Wai. A comercialização dos produtos artesanais será feita diretamente com os povos indígenas presentes na feira. A participação das comunidades indígenas tem o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater).
Apartamento - O diferencial do evento é o Apartamento Funcional, outro tipo de instalação decorada com peças exóticas que podem ser utilizadas no dia a dia. O local disponibilizará quatro ambientes de 3m² cada, com destaque para a associação do artesanato contemporâneo a uma decoração utilitária, conceitual e lúdica.
Outro destaque são os estandes de Economia Solidária, que tem como finalidade a produção e comercialização de artesanato em conjunto com vários grupos de empreendedores. Acontece como uma espécie de participação colaborativa na produção e venda de uma peça artesanal.
Brinquedoteca – As crianças também terão um espaço reservado, com brinquedos pedagógicos produzidos artesanalmente, com destaque para os de tradição quilombola.
Serviço – E como forma de garantir o apoio ao artesão paraense, a Seter manterá um equipe técnica para garantir os serviços do Balcão de Informações, cadastramento de artesãos e trabalhadores manuais, atualização no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB) e expedição da Carteira Nacional do Artesão.
Degustação - Ainda nesta edição, os visitantes terão oportunidade de conhecer e degustar diversos pratos da gastronomia paraense, por meio da parceria com o Instituto Paulo Martins. A comercialização de pratos tradicionais e autorais estará disponível em cinco barracas, diariamente, no período de funcionamento da feira.
Colaboração: Carla Fischer