Inclusão
Foto: ASCOM EMATER
Até o próximo domingo (31), o público que passar pela Feira do Artesanato Mundial (FAM) e Feira do Artesanato Paraense (Fesarte) poderá conferir a produção de plantas ornamentais resultante do trabalho de qualificação que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) oferece para egressos do sistema penal, por meio do projeto Cultivando Flores e Vidas, que faz parte do programa Articulação e Cidadania.
São plantas ornamentais de diversas variedades, tamanhos e cores, que estão sendo comercializadas com preços até 30% menores que os praticados em estabelecimentos comerciais da Região Metropolitana de Belém. Penta, lantana, torrência, samambaia, chuva de prata, palmeira cuala, palmeira fenix, rosa pendente, astem e avenca podem ser encontradas com preços que variam entre R$ 3 e R$ 40.
"O importante é a divulgação do trabalho dos egressos. É uma oportunidade de mostrar que existe a preocupação em reintegrar essas pessoas à sociedade com uma atividade prática que se torne opção de trabalho e de vida para elas e suas famílias", afirma o engenheiro agrônomo da Emater Antônio Dergan.
A Emater capacita os egressos em um espaço na Central de Abastecimento do Pará (Ceasa), parceira do projeto. Além do conhecimento prático, os egressos ainda têm acesso a informações sobre mercado, inserção social e cidadania, com técnicas de empreendedorismo, práticas associativistas, terceiro setor e aproveitamento de materiais recicláveis.
A estudante Camila Werner levou para casa a planta conhecida como avenca e que será colocada em um jardim de inverno. Segundo ela, a família gosta de plantas, o que torna o ambiente mais natural e ainda é uma forma de estimular o projeto. "Acredito que é importante investir para trazer essas pessoas de volta ao convívio social e ainda mais com um serviço desse tipo, que é cativante", disse.