Prodepa
Foto: Ronaldo Ferreira
A Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa), responsável pelo desenvolvimento do Sisp (Sistema Integrado de Informações de Segurança Pública), que inclui a Delegacia Virtual, acaba de lançar a mais nova versão do sistema. O Sisp 2.0 é a evolução do sistema criado há doze anos, um conjunto de módulos integrados que permitem registrar, organizar e distribuir informações de diversos órgãos e forças policiais como meio de fomentar a segurança à população e também meios de acesso facilitado à Justiça e à cidadania.
Dentro do ambiente do Governo Digital (site que reúne sistemas como protocolo, portal do servidor, etc), a solução é integrada entre Polícia Civil, Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Superintendência do Sistema Penal (Susipe) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran), além do Ministério Público e Tribunal de Justiça do Estado (TJE/PA).
A plataforma do Sisp que a Polícia Civil utiliza hoje não permite uma série de recursos que a tecnologia já disponibiliza. No Sisp 2.0, a gama de dispositivos que podem ser utilizados é ampliada para as informações de cadastro e registro de ocorrências. Além disso, há a possibilidade de integrar todas as entidades da área de segurança pública ao sistema informatizado. “Agora, nessa nova plataforma, é possível que outros entes da segurança pública participem, interajam e troquem informações. Não só a Polícia Civil, mas também a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Detran podem se integrar e utilizar esse sistema”, revela o presidente da Prodepa, Theo Pires.
Entre as vantagens do Sisp 2.0 estão: plataforma web, arquitetura escalável, facilidade de integração, manutenção centralizada, utilização de padrões e nomenclaturas nacionais, georreferenciamento nativo, geoprocessamento (integração com o Mapa de Gestão) e sistema integrado com o Governo Digital. “Segurança e sigilo também são destaque do novo sistema, além da arquitetura que permite trabalhar com todas as aplicações”, declara Lourenço Monteiro, diretor de Desenvolvimento de Sistemas da Prodepa.
Segundo Theo, com isso a informação ganha transparência e fica universalizada dentro da área de segurança. O uso de novas tecnologias permite consolidar informações que antes eram impensáveis, como a ocorrência policial, que já é geoposicionada no mapa. “A partir disso, quando você tem a coletividade de todas as ocorrências registradas, um mosaico de crimes vai automaticamente sendo mostrado, inclusive com a possibilidade de interagir com o sistema de CIOPs”, afirma. Com essa convergência e disponibilidade de tecnologia, a vantagem de alcançar todos os entes e a possibilidade de agregar novos dispositivos - como tablet e celular - já se pode contar com a portabilidade do sistema de segurança pública.
Para que haja uma melhor resolutividade das situações de segurança pública, as estatísticas são uma necessidade. No Sisp 2.0, elas já são produzidas automaticamente pelo sistema, não apenas por conta das ocorrências policiais, como da própria utilização da ferramenta - ou seja, quem usou, quando usou o sistema, o que fez, como o armazenamento de documentos, por exemplo.
O projeto-piloto do Sisp 2.0 já está em funcionamento na Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Data) desde o mês de julho, e de acordo com o cronograma de implantação do novo sistema da Polícia Civil, a Delegacia da Mulher deve ser a próxima a começar a trabalhar com a plataforma.