Economia
Foto: Cláudio Santos/ Ag. Pará
O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) divulgou, na manhã desta terça-feira, 9, os resultados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Região Metropolitana de Belém relativo ao mês de agosto de 2014. De acordo com a pesquisa, que mensura as variações de preços dos bens e serviços que compõem o orçamento das famílias residentes na RMB, com renda entre um e oito salários mínimos, o índice alcançou taxa de 0,56% em agosto deste ano, ficando 0,07 ponto percentual acima do registrado na inflação do mês de julho, que chegou a 0,49%.
Em relação aos nove grupos de despesas que integram a estrutura do IPC, cinco apresentaram taxas positivas: Habitação (7,93%), Despesas e Serviços Pessoais (4,32%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,40%), Comunicação (0,36%) e Educação, Leitura e Papelaria (0,09%). Quatro grupos apresentam taxas negativas: Alimentação e Bebidas (-0,89%), Transportes (-1,17%), Móveis e Equipamentos Domésticos (-1,82%) e Vestuário (-2,36%).
Como já era esperado, segundo a coordenadora de IPC do Idesp, Augusta Pereira, o grande vilão foi o grupo Habitação, que apresentou maior taxa (7,93%). Nele está incluso o item energia elétrica, que sofreu reajuste de 34,04%. No grupo Despesas e Serviços pessoais (4,32%), a maior pressão veio do subitem Serviços Pessoais (2,01%), com destaque para barbeiro (14,06%), cabeleireiro (2,60%), manicure (2,24%), sapateiro (0,69%), cinema (7,13%) e funeral (35,85%).
Já os principais responsáveis pela alta no grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,40%) foram os itens: medicamentos (0,40%) e o subgrupo Atendimento e Serviços Médicos (3,60%), com destaque para consulta médica (0,32), exame de laboratório (0,22%) e plano de saúde (8,81%). Em Comunicação (0,36%), ocorreram aumentos nos preços de aparelhos de telefone fixo (23,80%) e TV por assinatura (1,82%). No caso do grupo Educação, Leitura e Papelaria (0,09%), o aumento foi influenciado pelos itens uniforme escolar (5,84%) e livro escolar de 1º e 2º graus (4,82%).
Os outros quatro grupos de despesas apresentaram taxas negativas. No grupo Alimentação e Bebidas(-0,89%), a redução foi em função do subgrupo Alimentação no Domicílio, que registrou taxa negativa de -1,29%, pressionada pelos subitens Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (-4,96%), Tubérculos e Raízes (-8,26%), Hortaliças, Legumes e Verduras (-8,14%) e Frutas (-6,57%). Tiveram comportamento inverso os subitens Carnes Frescas e Vísceras (1,37%), Aves e Ovos (0,65%) e o subgrupo Alimentação fora do Domicílio (1,17%).
Em Transportes (-1,17%) a redução foi influenciada pelo preço médio do subitem Transporte Particular (-2,98%), pressionado pelos itens motocicleta (-6,33%) e automóvel usado (-8,15%). Entre aqueles que apresentaram taxas negativas,o grupo Móveis e Equipamentos Domésticos (-1,82%) apresentou uma fraca demanda pelos bens duráveis como Mobiliário (-3,12) e Equipamentos eletrônicos (-4,01%). No que diz respeito ao grupo Vestuário, houve uma pressão nos subitens Roupas Masculinas (-8,67%), Roupas femininas (-0,24%), Roupas de crianças (-1,59%) e Tecidos e Artigos de armarinho (-5,45%).
No acumulado do ano, o IPC/Idesp alcançou 6,46% e, em relação aos últimos 12 meses (agosto de 2014 a setembro de 2013 ), a taxa foi de 8,77%, ficando -3,36 pontos percentuais abaixo do resultado observado no mesmo período de 2012, com 12,23%. Durante a pesquisa são observados preços de mais de 300 produtos em cerca de 800 estabelecimentos.