Ressocialização
Foto: Thiago Gomes/Ascom Susipe
Na manhã desta terça-feira (16) foi aberta a segunda turma da edição 2014 do projeto de reinserção social “Cultivando Flores e Vidas”, realizado nas Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa). Doze internos do regime semiaberto do sistema penitenciário serão capacitados para o cultivo de flores regionais e jardinagem, e ainda receberão noções de empreendedorismo, educação no processo de ressocialização e motivação para o trabalho e estudo, com a ajuda de técnicos, assistentes sociais e educadores de vários órgãos. O curso terá duração de três meses, com uma carga horária de 272 horas/aula.
O projeto é realizado desde 2011, por meio do Programa Articulação e Cidadania, desenvolvido pela Casa Civil da Governadoria, em parceria com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e Ceasa.
De acordo com o diretor do Núcleo de Reinserção Social da Susipe, Ivaldo Capeloni, o objetivo da capacitação é contribuir para a qualidade de vida dos detentos, visando a reinserção social e qualificação para o mercado de trabalho. “Na vida passamos por vários obstáculos. Cabe a cada um agarrar essa oportunidade e ter força de vontade para garantir uma profissão e, desta forma, mudar de vida”, destacou o diretor.
As atividades acontecem no espaço do projeto “Cultivando Flores e Vidas”, na Ceasa, e são voltadas à área de floricultura e jardinagem, subdivididas em aulas teóricas e práticas. Durante o curso, os internos aprendem a cultivar espécies de plantas regionais e técnicas de jardinagem.
No ano passado, cerca de 30 internos receberam o certificado de conclusão do curso, e estão aptos para exercer as atividades no ramo do paisagismo. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 h. Durante os trabalhos, os internos recebem bolsa de estudo, no valor de R$ 200,00, e auxílio transporte.
Segundo o diretor operacional da Ceasa, Gibran Tuma, o objetivo é expandir cada vez mais o projeto. “Nossa proposta é que os internos possam também comercializar as plantas e mudas dentro do Varejão da Ceasa, como garantir renda e contribuir para o desenvolvimento do projeto”, frisou.