Saúde
Profissionais da área de saúde, como assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e médicos, além de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), participam até esta sexta-feira (19) do curso de formação continuada de apoiadores da Política Nacional de Humanização, na Santa Casa de Misericórdia do Pará. O objetivo é discutir novas políticas de integração. O evento é uma promoção da Gerência de Desenvolvimento de Pessoas, da Fundação Santa Casa. A programação envolve palestras sobre o SUS, a Política Nacional de Humanização (PNH), a co-gestão e saúde do trabalhador, o acolhimento e uma discussão e proposta coletiva de intervenção.
Ana Cristina Salgado, psicóloga da Universidade do Estado do Pará (Uepa), abordou a PNH, ressaltando que a expansão do conceito de humanização é uma missão das várias entidades envolvidas. Segundo ela, a política de humanização surge para dar sustentabilidade ao SUS. "A humanização faz parte de uma estratégia para exercer uma política pública de saúde, de modo que as pessoas se apropriem do significado, do padrão de mudança, da atenção, da gestão em saúde", disse. "O curso é esse espaço de reflexão da proposta de ações transformadoras", reafirmou.
A terapeuta ocupacional Clévia Dantas, servidora da Santa Casa, disse que a maior maternidade do Pará privilegia os conceitos de humanização. "A Santa Casa tem uma história ligada à política de humanização. Estamos buscando reforçar a grandiosidade da Santa Casa. Temos várias experiências exitosas", frisou. Clévia Dantas informou que articula uma maior participação de trabalhadores e usuários nesse processo.
O curso pretende criar uma estratégia para repensar novas formas de humanizar o atendimento. "A humanização traz a responsabilidade de mudar o cenário de saúde, para que se possa multiplicar o aprendizado", destacou Clévia Dantas.
Um dos 40 participantes do curso, Eduard Brito, que faz tratamento regular no Hospital Barros Barreto, em Belém, se reúne semanalmente com outros pacientes, para discutir o atendimento em hospitais públicos. Eduard conversa sobre responsabilidade e dever dos usuários do SUS. A medida faz parte de uma estratégia para expandir conceitos de atendimento humanizado no ambiente hospitalar. "Humanização é qualidade de vida, é acolhimento, é acrescentar responsabilidade com carinho, atenção e paciência no contato com quem precisa", frisou Eduard Brito.
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