Seis comunidades de reservas extrativistas marinhas de Curuçá e Maracanã foram beneficiadas com cursos de Extensão Pesqueira sobre o Transporte Sustentável do Caranguejo, que foram promovidos pela Secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Castanhal.

Os 200 pescadores artesanais de caranguejo receberam treinamento prático sobre a nova forma de transporte do caranguejo em caixas plásticas. Pescadores de outras reservas extrativistas marinhas ministram as aulas, para demonstrar a facilidade dos procedimentos que devem ser adotados, desde a embalagem até o transporte para os locais de venda do produto.

A idéia dos cursos, que foram realizados no período de 17 a 21 de novembro, em Maracanã, e de 24 a 28 do mesmo mês, em Curuçá, é difundir a nova prática, que deverá ser obrigatória a partir do ano que vem, conforme determina a Instrução Normativa Nº 09 do Ministério da Pesca e Aquicultura.

Segundo o técnico em gestão de pesca da Sepaq, Patrick Passos, a maioria dos pescadores não tem encontrado dificuldade com o transporte sustentável do caranguejo. “Várias comunidades já vêm adotando esse novo método. Na Feira do Pescado realizada no sábado, 28, em Belém, os mil caranguejos que chegaram até o Centur foram transportados em basquetas de São João da Ponta. A mortalidade foi praticamente zero”, explica Patrick.

A procura foi tanta que os caranguejos foram vendidos em menos de três horas. “Se tivessem vindo em sacas, boa parte não chegava vivo em Belém”, conclui Patrick.

Os Cursos de Extensão Pesqueira sobre o transporte sustentável do caranguejo no mês de novembro contaram com apoio do ICMBIO, Ibama, Associação dos usuários da reserva extrativista marinha de São João da Ponta, Associação dos usuários da reserva extrativista marinha Mãe Grande, de Curuçá, e Projeto Manguezais do Brasil.

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