O Brasil tem mais de 14,9 milhões de idosos, segundo dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicado em 2010. Preocupada com o bem estar dessa parcela crescente da população, o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública vai intensificar ainda mais as ações em defesa da pessoa idosa no Estado.

Para o próximo ano, o núcleo pretende alertar e combater, com maior rigor, as situações em que sejam comprovados os abusos cometidos contra a população idosa. O número crescente de assédio para empréstimos consignados de bancos e correspondentes bancários é um exemplo. Por serem, muitas vezes, mantenedores da família, os idosos têm sofrido com as constantes ofertas de bancos e outras instituições financeiras. Pressionados, muitos paraenses acima dos 60 anos têm fechado acordos e empréstimos com juros altos e número de prestações que nem sempre podem pagar.

Segundo a defensora Regina Barata, essa é uma situação comum no Pará, que precisa ser acompanhada. “Esses acordos entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e bancos me causam muita estranheza. Os idosos sofrem assédios constantes por telefone e até na hora em que vão receber pagamentos. Vamos acionar a Previdência Social e demais órgãos para entender como isso funciona”, enfatiza.

Para reforçar a atuação da Defensoria e debater essas e outras temáticas relacionadas aos idosos do Estado, a defensora também foi convidada a participar como palestrante do III Encontro Municipal das Organizações da Sociedade Civil Pró-Humanização para Conscientização dos Direitos da Pessoa Idosa, que ocorreu nos últimos dias 4 e 5, no auditório da Delegacia Geral da Polícia Civil.

Qualquer idoso que se sentir lesado pode procurar os serviços da Defensoria Pública do Pará para ter os direitos assegurados. Os agendamentos podem ser feitos pelo Disque-Defensoria, no número 129, ou diretamente no Núcleo de Direitos Humanos, que fica na Travessa Campos Sales, no bairro da Campina.

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