Economia
Foto: Divulgação
A sexta oficina temática sobre as atividades econômicas da indústria, contemplada no projeto Belém 400 anos, reuniu na última quinta-feira (4), na Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), representantes do segmento industrial e do poder público para promover um debate sobre as perspectivas de desenvolvimento do setor.
O projeto, que é promovido pela Prefeitura de Belém e Governo do Pará, por meio das secretarias Municipal de Economia (Secon) e de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), teve como meta, nesse encontro, alcançar informações precisas do setor industrial, com a participação de empresários, investidores e agentes envolvidos direta e indiretamente nesse segmento.
“A ideia das oficinas é elaborar um plano estratégico para dinamizar as atividades produtivas da Grande Belém, a partir da formulação de diretrizes, definição de estratégias, ações e metas pactuadas entre governo e sociedade, com vistas a contribuir para o desenvolvimento sustentável local”, disse a secretária de Indústria, Comércio e Mineração, Maria Amélia Enríquez.
Com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2013, o número de emprego formal na indústria em Belém chega a 53.117, que em comparação ao ano de 2000 revela um crescimento de 24.234 empregos formais. Os percentuais do relatório evidenciam que, em 2013, 26% dos empregos estavam na indústria de transformação e na construção civil, área onde está concentrado o maior número de empregos formais.
“Tivemos a oportunidade de ouvir todos os segmentos, da construção civil até os fabricantes de roupas, produtores do gênero alimentício e indústria naval, que puderam expor os pontos fortes e fracos, para que juntos pudéssemos buscar fórmulas de engrandecer a economia industrial de Belém. Assim, estamos a um passo de alcançar o objetivo de oferecer à população projeções positivas até a chegada dos 400 anos de nossa cidade”, disse o titular da Secon, Marco Aurélio Nascimento.
O vice-presidente da Fiepa, Walter Leitão, empresário do ramo metalúrgico, ressaltou que só o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) capacita atualmente, por ano, 100 mil profissionais em todo o Estado, mas reconhece a necessidade de qualificar mais mão de obra para atender a grande demanda e principalmente revisar os cursos ofertados.
O assessor econômico da Fiepa, José Egypto, apresentou o “Guia Industrial do Pará”, elaborado pela federação em 2013, composto de um acervo completo com os números e perfis das indústrias locais. “Com isso, esperamos colaborar para o bom desempenho do diagnóstico Belém 400 anos”, reiterou. O diagnóstico está programado para ser finalizado no início de 2015. Até antes do aniversário de Belém, ainda serão ministradas mais cinco oficinas temáticas, que abordarão as questões sobre mineração, agricultura, pesca e infraestrutura.
“É preciso assegurar um bom ambiente de negócios e estratégias adequadas para que a economia floresça em bases sustentáveis.”, reforçou Maria Amélia, acerca do trabalho e metodologia usados para propor melhorias executáveis, a curto, médio e longo prazos, na dinâmica socioeconômica de Belém. Para a análise desses segmentos, as instituições organizadoras também contam com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA/ Universitec), Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e Banco da Amazônia.