Esporte
O Pará e o Brasil têm um novo campeão de boxe profissional internacional. Na noite da última sexta-feira, 5, um público apaixonado e vibrante compareceu ao Hangar Convenções e Feiras da Amazônia e assistiu à vitória do paraense, nascido em Mocajuba, Isaac Rodrigues, sobre o mexicano José Pinzon, por nocaute, no oitavo round, numa luta prevista para doze assaltos. O preparo físico e técnico do pugilista paraense não deixou dúvidas sobre quem era o grande campeão da noite.
A luta de Isaac e Pinzon foi a sétima e mais importante de uma série de embates na noite de sexta-feira. A disputa mundial do cinturão da categoria Médio ocorreu pela primeira vez em Belém. A organização do evento é da Word Federation Boxing (WFB), em parceria com a Federação Paraense de Boxe, com patrocínio do Banco do Estado do Pará (Banpará) e apoio do governo do Estado, por meio das secretarias de Estado de Esporte e Lazer (Seel), de Saúde (Sespa) e de Comunicação (Secom).
A luta principal começou pouco antes de meia-noite. A luta terminou quando Isaac conseguiu acertar uma série de golpes em Pinzon, que não resistiu e caiu no ringue. Com a contagem dos dez segundos regulamentares, e o mexicano não conseguindo mais retornar à luta, Isaac foi declarado vencedor, aos 20 minutos deste sábado, 6.
Pinzon foi um oponente à altura do vencedor. Mesmo com um corte no rosto, que sangrava bastante desde o quarto round, ele conseguiu levar a luta até o nocaute que sofreu. Com uma compleição menor que a de Isaac, o mexicano soube explorar a envergadura, que lhe permitiu golpes certeiros e diretos. A noite, porém, era do paraense.
Isaac estava muito emocionado. “Aqui é Isaac Rodrigues, e quem manda aqui sou eu”, gritou, em meio a abraços emocionados, ao lado do treinador, Ulysses Pereira. O atleta agradeceu a todos os apoiadores do evento, mas dedicou uma menção especial aos amigos e parentes que vieram de Mocajuba, no Baixo Tocantins. “Quero mandar o meu agradecimento ao pessoal da minha cidade. Esse título mundial é também deles”, avisou. “Essa é uma vitória nossa, do Brasil, de Belém. Ganhar por nocaute mostra a seriedade do nosso trabalho, da nossa força e da nossa união. Vocês, assim como eu, são campeões do mundo também”, completou.
Aos 30 anos, com 1,78 metro e 72,40 quilos, Isaac teve de passar por uma dieta alimentar rigorosa para ficar dentro do peso da categoria Médio. Em maio deste ano, ele se consagrou campeão latino americano dos Super Médio, em uma vitória contra o também mexicano Eduardo Tercero, que atualmente treina em Belém, na academia Ulysses Pereira.
Retorno – A noite de sexta-feira ainda reservava uma revelação. O ex-pugilista baiano Acelino “Popó” Freitas, tetracampeão mundial em duas categorias de boxe profissional, e que estava em Belém prestigiando a disputa internacional, disse que está de volta aos ringues. Popó, que atualmente é deputado federal pelo Estado da Bahia, abandonou o esporte há cinco anos. “Vou voltar. A preparação é longa, mas vou encarar. E venho me preparar aqui em Belém, esta cidade que sempre me apoiou, e quero lutar aqui”, afirmou.
As disputas preliminares à luta final entre Isaac Rodrigues e José Pinzon também tiveram fortes emoções. Na penúltima luta, entre o paulista Licélio Lúcio e Eduardo Tercero, categoria Super Médios, até 76, 36 quilos, a vitória foi do mexicano Tercero, da academia Ulysses Pereira, por nocaute técnico. Na quinta disputa, vitória de Wendell Guedes, por nocaute técnico, contra Geovane Borges. Na quarta luta, o vencedor foi Jefferson Silva, da academia Ulysses Pereira, por nocaute técnico no segundo round, sobre Cris Ferreira, pela categoria Leve, até 58,97 kg.
Na terceira disputa, vitória de Tadeu Pantoja sobre Luiz Eduardo; na segunda, na luta mais rápida da noite, Jackson Furtado vendeu por nocaute Marcio Eduardo (Binho), ao tempo de um minuto de luta; e na primeira, Welligton Carvalho venceu Jonas Lima, por pontos. A última vez em que um brasileiro foi campeão mundial de boxe profissional foi em janeiro de 2004, com Acelino “Popó” Freitas, que derrotou o Artur Grigorian, do Uzbequistão.
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