Meio ambiente
O Fórum Paraense de Mudanças Climáticas (FPMC) concluiu suas atividades de 2014 na terça-feira (16), durante a II Reunião Extraordinária, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). O objetivo do encontro foi discutir os destaques da última Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-20), que ocorreu em Lima, no Peru. Também foi apresentada a primeira versão do "Documento-Base", que deverá nortear a Agenda Climática do Estado do Pará a partir de 2015. A IV Reunião Ordinária do FPMC está marcada para o próximo dia 30 de janeiro.
Wendell Andrade, secretário executivo do Fórum e assessor técnico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), explicou o motivo da convocação da reunião e destacou que, neste mês, o Fórum comemora dois anos de funcionamento, após sua reorganização. "Mesmo num final de ano, com os inevitáveis rearranjos nas instituições públicas, conseguimos reunir representantes de 22 instituições. Essa representatividade demonstra a relevância da pauta no Estado e o forte interesse da sociedade em discutir as mudanças climáticas", informou.
Justiniano Netto, secretário do Programa Municípios Verdes (PMV), destacou os avanços da agenda ambiental do Estado nos últimos três anos, e ressaltou que “o Estado do Pará agora reúne condições para avançar na agenda climática, considerando, sobretudo a proximidade e a importância COP-21, que ocorrerá em Paris (FRança), em 2015, da qual se espera que saia um novo acordo climático global, a partir de 2020”.
Márcio Sztutman, gerente de Conservação da Organização não Governamental (ONG) The Nature Conservancy no Pará, apresentou os principais destaques da COP-20, enfatizando a posição do Brasil na Conferência. "Se de um lado o Brasil levou ao mundo a proposta de Diferenciação Concêntrica e uma grande colaboração à redução de emissões de gases que causam o efeito estufa, por conta da redução do desmatamento, por outro lado levou também um aumento de 7,8% nas emissões entre 2012 e 2013", ressaltou o gerente da ONG.
O pesquisador Amintas Brandão, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), apresentou o Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), iniciativa do Observatório do Clima, lançado em 2013. A apresentação enfatizou o perfil de emissões de GEE no Pará, em comparação aos dados nacionais. "O setor de mudança no uso da terra, dentro do qual está o desmatamento, leva o Pará a ser o maior emissor de GEE do país em termos absolutos. Se excluirmos esse setor da análise, o Pará pula para 9º lugar", explicou Amintas Brandão.
A pesquisadora Brenda Brito, representante do Observatório do Clima no Fórum, apresentou a versão inicial da proposta de Documento-Base. "Neste momento, a ideia é submeter este documento aos membros do Fórum, para contribuições, e posteriormente validá-lo no âmbito do próprio Fórum, para nortear o próximo ciclo de gestão do Estado, a partir de 2015", informou.
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