Serviço
A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) informou na tarde desta sexta-feira (10) que a Estação de Tratamento de Água do Bolonha já está operando normalmente. Após cinco dias com fornecimento de água irregular, desde o meio-dia desta sexta todas as bombas foram religadas com capacidade total, estabilizando o sistema em até cinco horas. Em entrevista coletiva, o presidente da Cosanpa, Luciano Dias, garantiu que os novos equipamentos estão sendo adquiridos e que o abastecimento está normalizado.
“Desde hoje (sexta-feira), quando ligamos o oitavo conjunto de motobombas, estamos com o sistema 100%. A partir do momento que temos o sistema estabilizado, como agora, abastecendo a cidade com os oito conjuntos, ainda é preciso que toda a rede seja pressurizada, e isso demanda tempo”, disse Luciano Dias, reafirmando que, desde o primeiro momento do acidente, no domingo (5), a Cosanpa agiu com prudência na retomada dos serviços.
“Ainda assim, para o tamanho do acidente, tivemos um reparo rápido. A volta gradual do fornecimento foi uma questão de segurança, considerando que o trabalho de dias podia ser perdido. Quando temos um evento dessa natureza, a gente aprende. Vamos estudá-lo. O Corpo de Bombeiros já fez a perícia, e vai nos dar um laudo em 15 dias, possivelmente identificando a causa do incêndio”, explicou o presidente da Cosanpa.
Contingência – A Cosanpa já está adquirindo os novos equipamentos necessários para reserva em casos de qualquer acidente. “Durante esse período todo tínhamos equipamentos reserva. Ninguém tem um transformador, como temos, de 5 mil Kva para usar a qualquer momento. Também tínhamos os quadros de comando reservas, mas já contratamos outro transformador reserva, que deve chegar até o início da semana que vem. Os novos quadros já estão com as cotações encaminhadas, não é um produto fácil de achar, ele deriva de projeto técnico, mas temos a contingência para tudo isso. Estamos recompondo os quadros antigos também, que duraram 30 anos e foram trocados pelos novos que foram atingidos pelo incêndio”, esclareceu Luciano Dias.
Sobre o fornecimento normalizado da água, o diretor de operações da Cosanpa, Antônio Crisósteno, explicou que o sistema de abastecimento precisa de tempo para operar na totalidade. “Mesmo que um sistema hidráulico pare por minutos, ele exige um tempo quatro a cinco vezes maior para ser estabilizado. As pressões nos setores já estão normais, é questão de tempo para a população sentir isso. O que devemos levar em consideração é que temos piques de demanda com essas paralisações, e todos os reservatórios se debabasteceram”, esclareceu.
Entenda o caso com um
álbum disponível na página oficial do
Governo do Pará no Facebook.
