Economia
Há dois anos, Luiz Paulo Lamarão, 29, começou a trabalhar como chef de cozinha. Hoje ele faz parte do grupo de quatro mil trabalhadores do Shopping Bosque Grão-Pará, inaugurado em agosto deste ano, em Belém. Luiz é formado em administração, tem certificados de cursos de gastronomia e vê o trabalho, no novo empreendimento, como uma grande oportunidade de negócio. “A proposta desse shopping chama atenção. Está movimentando um grande valor financeiro e gerando emprego na cidade. Público tem bastante, e ele gosta dessa inovação”, diz Luiz, referindo-se à estrutura e aos serviços do empreendimento.
Em julho deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho, o Pará encerrou o mês com o saldo positivo de 2.634 novos empregos. Neste período, o Estado foi o primeiro no ranking das 27 unidades federativas com maior criação de vagas, seguido do Maranhão (2.121) e Mato Grosso (770). Entre os setores que obtiveram destaque no mercado empregatício estão a construção civil, que registrou 2.131 novos postos, a indústria de transformação (456), o comércio (110), serviços industriais de utilidade pública (87) e serviços (57). É o melhor desempenho do Estado em 2015.
Para o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Everson Costa, o Pará vem na contramão no que se refere ao que vem acontecendo no cenário nacional, neste momento de crise, seja pelos empreendimentos previstos, seja pelas ações do governo. “O portfólio do Estado é muito bom para atrair investimentos, pois mesmo num cenário de dificuldade, nos alegra muito esse saldo positivo. Encerramos o primeiro semestre deste ano com perda de mais de onze mil postos de trabalho, e iniciar o segundo semestre com crescimento no número de empregos é muito bom. Estamos no rumo certo”, diz.
Investimentos – O município de Altamira, na região do Xingu, apresentou o maior saldo de geração de emprego no mês de julho, com a criação de 818 postos de trabalho, seguido de Belém, com 489 empregos formais. “Em Altamira as obras da hidrelétrica de Belo Monte ajudaram a alavancar esse número, mas não é só isso, no entorno dela cresceram fortemente os setores comércio e serviços. Para Altamira estão sendo pensados vários projetos que vão trabalhar o pós-Belo Monte, desde o empreendedorismo até o aquecimento do comércio da cidade”, afirma o adjunto da Seaster.
Outro exemplo de empreendimento que gerou empregos na região é a construção do quarto shopping center da capital paraense, o Shopping Bosque Grão-Pará, que trouxe uma rede completa de produtos e serviços, gerando expectativa positiva em tempos de crise na economia nacional. O projeto, além de aquecer o mercado, oferece novas oportunidades de negócios e trabalho na Região Metropolitana de Belém, gerando, na fase de construção, 3,5 mil empregos diretos; agora deverá produzir outros quatro mil, entre diretos e indiretos.
“Há dez anos a gente vinha estudando Belém para a construção deste shopping. Aqui vimos oportunidade. Ele é uma grande aposta do nosso grupo, e em relação à geração de empregos, demos essa grande contribuição ao Estado. A perspectiva da economia do Pará, para nós, é muito positiva, pois a gente acredita que a economia paraense vai crescer num ritmo bem maior que a do país nos próximos anos”, diz o diretor de novos negócios do Grupo JCC, administrador do shopping, Gerardo Jereissati.
Até 2020, segundo a Seaster, estão previstos R$ 178 bilhões em investimentos nas áreas de mineração, energia e construção civil no Estado, que fazem com que seja visível a criação de mais postos de trabalho. Aliado a isso, foi lançado recentemente um pacote pelo governo, o Pacto pela Produção e Emprego, com 41 medidas, portarias e decretos que desoneram setores e incentivam a produção e verticalização de outros seguimentos, como agricultura e indústria de transformação, entre outros, além da sinalização de mais recursos para a qualificação profissional.
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