Comunicação
Os 30 anos da Cultura FM estão sendo comemorados durante todo o ano de 2015, com lançamento de CDs, revival de bandas, documentário sobre o “Balanço do Rock” e agora um livro de contos, crônica e obras visuais em que o veículo rádio é personagem. O livro “Cultura FM 93,7 – 30 Anos” foi lançado nesta sexta-feira (16), durante edição especial do programa “Conexão Cultura Ao Vivo”, com apresentação de Adelaide Oliveira, presidente da Cultura Rede de Comunicação.
Na plateia do programa, escritores e artistas que participam da publicação, como Emanuel Matos, Alfredo Garcia, Marcelo Damaso, P. P. Condurú, Elieni Tenório e Keyla Sobral, além do presidente da Imprensa Oficial do Estado, Cláudio Rocha, responsável pela impressão do livro. A atração musical foi o guitarrista Pio Lobato, que fez o pré-lançamento do novo trabalho, álbum duplo reunindo 15 composições, que será lançado no próximo dia 6 de novembro, em formato CD e vinil, na loja Discosaoleo.
Para o escritor Paulo Nunes, participar do livro foi uma honra. “Realmente tiro o chapéu para falar da Cultura FM, uma emissora que é uma verdadeira instituição nesse Estado”, ressaltou. O artista plástico P. P. Condurú brincou dizendo que ouve a Cultura desde “os tempos das cavernas”, uma alusão à obra produzida especialmente para a publicação, intitulada “Rádio Cultura, a melhor desdas cavernas”.
De passagem por Belém, o músico Felipe Cordeiro falou sobre a importância da Rádio Cultura para o cenário artístico e cultural do Estado. “É uma emissora ligada e afinada com a música paraense contemporânea, que impulsiona e ao mesmo tempo se retroalimenta dessa produção. Emissoras públicas têm um papel fundamental diante desse mercado mafioso para a música. Se pelo menos 30% das rádios brasileiras seguissem esse exemplo, teríamos um cenário cultural mais aberto para todos”, afirmou.
Para o guitarrista Pio Lobato, a Rádio Cultura cumpre um papel semelhante ao da BBC de Londres. “Enquanto as outras rádios locais privilegiam somente o comercial, a Cultura possui um conceito. É, sem dúvida, uma das melhores rádios do Brasil”, ressaltou.
Adelaide Oliveira destacou a qualidade do jornalismo da emissora, que privilegia temas de interesse do cidadão, sem deixar de tocar em assuntos importantes, como homofobia, direitos humanos e diversidade das famílias, entre outros. “É desafiador fazer uma emissora pública na Amazônia, mas ao mesmo tempo temos essa liberdade de abordar temas que outras emissoras não se atrevem. É um presente estar aqui para comemorar esses 30 anos, reunindo tantos artistas. São eles que oxigenam o nosso trabalho e é para eles essa festa”.
A programação especial tomou conta dos estúdios da Cultura FM desde cedo, com apresentações de Luê e Júnior Soares, Grupo Gema, Molho Negro, Mário Moraes e Salomão Habib, Elói Iglesias, além do grupo de carimbó Raiz de Cafezal e da cantora Marisa Black, que encerrou o dia com muito samba.