Tecnologia
Em setembro de 2015, o Ministério das Comunicações (MiniCom), através da Secretaria de Inclusão Digital, lançou edital para selecionar propostas que visam o apoio à manutenção de Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) que promovem oferta de equipamentos eletroeletrônicos recondicionados para a revitalização de Pontos de Inclusão Digital nas diversas regiões do país. Dentre os dez projetos selecionados, o Movimento República de Emaús foi um dos vencedores e se classificou em segundo lugar. O edital prevê o repasse de R$ 12 milhões para as dez entidades ganhadoras.
Um dos pontos chave do edital é a parceria com entidades públicas ou privadas que tenham ações nesse tipo de projeto, e a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa) é uma das parceiras do Emaús. A Empresa já doou para o Movimento vários materiais de informática declarados inservíveis que seriam utilizados para que os alunos aprendessem a fazer o recondicionamento. Além disso, a Prodepa também disponibilizou um infocentro dentro do Emaús, para que os alunos possam ter aulas e cursos a distância, e também para colocar em funcionamento os equipamentos recondicionados.
De acordo com Jomar Andrade, coordenador do CRC do Emaús, o projeto foi desenvolvido junto ao Ministério nos anos de 2010, 2011 e 2012. Já em 2013, 2014 e 2015 algumas dificuldades deixaram o projeto de fora do edital do MiniCom, que foi feito, em proporção menor, com recursos próprios da entidade. “Mesmo nesse período a Prodepa esteve presente, fornecendo link de internet e doações. Com o retorno do convênio com o Ministério, nós vamos ampliar bastante a atuação do projeto e a parceria vai se tornar mais do que fundamental”, acredita Jomar.
Inclusão Social - O projeto dos CRCs surgiu a partir de uma dificuldade que os governos tinham em conseguir equipamentos para implantar espaços de inclusão. Como muitos órgãos públicos trocavam seus parques tecnológicos e os descartavam de maneira errada, a ideia de se utilizar esses equipamentos de maneira útil, recondicionando-os, agradou aos governos.
O Governo Federal, então, auxiliou as entidades que tinham o projeto dos CRCs e, em contrapartida, os espaços deveriam formar jovens com uma educação semi-profissionalizante e ressocializá-los. A importância dos CRC's gira em torno da geração de equipamentos para atender políticas públicas, do trabalho com jovens, fornecendo educação profissionalizante e ressocialização, e da ajuda em diminuir o impacto do lixo eletrônico, constituindo as três grandes vantagens do projeto.
A Prodepa entrou em parceria com o Emaús a partir do apoio técnico e do fornecimento de link. Para Tiago Cardoso, gerente de Projetos de Cidadania da Prodepa, essa parceria é essencial para promover projetos como o do CRC. “Implantamos uma mini torre do Navegapará dentro da República do Emaús, que dá a conectividade necessária para que o Movimento possa fazer sua prestação de contas, para que também possa receber as demandas da região e até mesmo possa realizar capacitação e treinamento a distância. O infocentro também foi uma maneira de ajudar na ressocialização porque através de um espaço próprio e planejado eles conseguem assistir vídeo aulas, participar de fóruns, eventos, etc.”, afirmou.
Tendo como missão prover soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação ao Estado do Pará em benefício do cidadão, a responsabilidade social é um ponto priorizado pela Prodepa. A partir do aporte tecnológico da conectividade que a Empresa disponibiliza para a República de Emaús, é possível abrir mais espaços na região Norte, já que os aparelhos recondicionados são feitos para toda a região, com o custo de envio feito pelo Governo federal, como escolas públicas com conectividade, bibliotecas públicas para acesso aos estudos e infocentros que conectam o cidadão.
“O projeto dos CRCs é bom para o Estado, que direciona seu lixo eletrônico, bom para o CRC, que capacita e forma mais jovens, bom para as entidades da região Norte, que vão receber kits de materiais eletrônicos, e todo mundo cresce junto. A participação da Prodepa é fundamental por causa disso, entrando com o aporte tecnológico necessário que o Centro de Recondicionamento de Computadores precisa”, reiterou o gerente.
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