O Pará é o primeiro produtor nacional de pimenta-do-reino, um dos temperos mais usados na gastronomia paraense e contemporânea. A cultura tem grande importância econômica e social, por ser considerada um dos cultivos mais rentáveis da região e um produto de exportação, que alcança altos preços nos mercados nacional e internacional. É ainda absorvedora de mão de obra, pois cada tonelada colhida corresponde a um emprego no campo – e o mais importante é que grande parte da produção está concentrada nas mãos de agricultores familiares.

Segundo o gerente do Programa Fitossanitário da Cultura da Pimenta-do-Reino da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Wilson Saraiva da Silva, da Gerência de Pragas de Importância de Econômica, a planta é cultivada em mais de 100 municípios no Estado. Tomé-Açu, no nordeste paraense, é o principal produtor nacional, liderando o ranking com cerca de 80% da área plantada da especiaria.

“A pimenta-do-reino, por ter essas características e ser uma importante atividade agrícola para o Pará, requer da Adepará um trabalgo para resguardar e promover programas de ações de defesa vegetal para a cultura, contribuindo para o seu desenvolvimento e produção. Esse trabalho envolve a planificação das ações de defesa vegetal para evitar que as pragas que atacam a cultura inviabilizem a produção, minimizando os prejuízos a serem causados”, explica o gerente.

O Programa Fitossanitário da Cultura da Pimenta-do-Reino da Adepará atua em oito gerências regionais e nos 18 principais municípios produtores. “Entre as ações do programa estão inspeções fitossanitárias para levantamento da ocorrência da fusariose, murcha amarela, PYMoV e CMV, que são tipos de vírus, além de orientações ao produtor quanto ao controle e prevenção de praga, coleta e envio de amostras de vegetais em casos de suspeitas de pragas e atendimento a suspeita de ocorrência”, detalha.

A pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.) é uma planta trepadeira pertencente à família Piperaceae, originária da Índia, e introduzida no Brasil no século XVII pelos japoneses. Os principais usos da pimenta-do-reino são como tempero de alimentos, principalmente nos industrializados, como salame, salsicha, mortadela, presunto, e nas indústrias farmacêutica e de cosméticos.

Veja onde a Adepará atua no fomento a produção de pimenta-do-reino:

Oito gerências e 18 municípios envolvidos:

Gerência de Abaetetuba: Abaetetuba, Baião, Cametá, Concórdia do Pará, Mocajuba, Moju e Tomé-Açu

Gerência de Capanema: Capanema e Nova Timboteua

Gerência de Capitão Poço: Capitão Poço

Gerência de Castanhal: Santa Isabel do Pará, Castanhal, Igarapé-Açu e Vigia

Gerência de Itaituba: Rurópolis

Gerência de Paragominas: Paragominas

Gerência de Rondon do Pará: Dom Eliseu

Gerência de Santarém: Santarém

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