União





Foto: Uchôa Silva-Agência Belém
O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, recebeu no Palácio Antônio Lemos nesta quinta-feira, 23, os prefeitos de Marituba e Ananindeua e os vice-prefeitos, secretários e vereadores desses municípios e de Belém para tratar das soluções emergenciais que estão sendo traçadas para o aterro de Marituba. “Essa reunião é para que tomemos decisões e busquemos soluções em conjunto. As intervenções precisam ser imediatas para eliminar o odor, o chorume e evitar a contaminação maior do meio ambiente. As soluções de médio e longo prazo também precisam da nossa união de esforços e ideias para resolver os efeitos danosos. O consórcio entre os municípios também precisa ser melhor avaliado”, destacou o prefeito de Belém.
O prefeito de Marituba, Mario Filho, disse que está buscando as soluções urgentes. “Nós entramos com um pedido de análise de um pedido de calamidade pública, junto ao governo federal, por atingir grande contingente da população. Também estamos buscando outras formas apoio do governo para implementar sistemas, tecnologias que possam solucionar os efeitos que a população está sentido”, afirmou o prefeito.
Ele afirmou que a preocupação é grande, pois já se tornou um problema de saúde pública. “Estamos muito preocupados porque já registramos três mil atendimentos de saúde a mais que no mesmo período do ano passado, principalmente por problemas respiratórios”, disse Mario Filho.
Para o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro, o problema deve ser resolvido pelos três municípios. “A solução tem que ser em conjunto. E temos mostrado que estamos desde o conhecimento dos problemas buscando alternativas. As três casas legislativas também já fizeram seu papel de discutir e buscar formas de solucionar. Agora, precisamos avaliar, escolher as soluções, verificar os custos e implementá-las”, defendeu Pioneiro.
Após a reunião os três prefeitos seguiram para outra reunião, dessa vez com o governador do Estado, Simão Jatene, e o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Luiz Fernandes Rocha, que apresentou as medidas emergenciais exigidas pelo governo e que deverão ser colocadas em prática pela Guamá Tratamento de Resíduos, empresa responsável pela gestão do espaço.
Durante as vistorias ao espaço, técnicos da equipe de licenciamento da Semas detectaram falhas operacionais e iniciaram as notificações. Dentro de 15 dias, a Guamá deve instalar um sistema de drenagem pluvial definitivo e terá outros 30 dias para providenciar a cobertura definitiva dos resíduos expostos e a cobertura da lagoa de chorume que está descoberta.
Ainda dentro dos prazos estabelecidos pela Semas, a empresa tem 20 dias para apresentar tecnologia destinada a amenizar o odor, e dez dias para apresentar plano de investigação ambiental para constatar possíveis irregularidades, como contaminação de solo ou corpo hídrico.
Somente nos primeiros meses deste ano foram aplicados 14 autos de infração, número igual ao registrado em todo o ano de 2016.
O governo do Estado se mostrou preocupado com a situação e sinalizou apoio às prefeituras para que essa articulação seja feita de forma conjunta, sem danos para o meio ambiente e para a comunidade local. “Vamos acompanhar diariamente e mediante a produção de relatório se as providências estão sendo tomadas. Esse monitoramento será permanente, contínuo”, afirmou Luiz Fernandes.
*Com informações da Agência Pará.