O contraste é uma das características marcantes de Paulo Henrique Ganso. Na vida do garoto que cresceu na Cidade Nova, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, o nascimento foi conturbado, fruto de uma relação efêmera. Recebido pela família da dona Creusa Lima, recebeu amor, sobrenome e oportunidade.
Destaque nas peladas da escola, logo vestiu uniformes de tradição no esporte paraense, com Tuna, Remo e Paysandu. Em 2005, aos 15 anos, foi para o Santos e se formou como craque. Paulo Henrique virou Ganso e - por incrível que pareça - voou.
Mas uma lesão no joelho, em 2010, atrapalhou a carreira do menino apontado como o futuro do futebol brasileiro. Em declínio, reencontrou-se com os gramados, mas viveu desencontros com a diretoria santista. Foi para o São Paulo e alcançou um sonho: jogar na Europa. Em Sevilla, mais problemas com diretoria e o destino foi o discreto Amiens (FRA).
Após 13 jogos, sendo apenas seis como titular, e nenhum gol, Paulo Henrique pode, em meio à turbulência, viver um novo momento. Resta torcer pra que o renascimento de Ganso seja tão bem sucedido quanto o do menino Paulo Henrique
Por Carlos Felipp