ASSOCIAÇÃO CARNAVALESCA







Foto: Oswaldo Forte
Apesar de ser uma das escolas de samba mais recentes de Belém, a Associação Carnavalesca Bole Bole, criada em 1984, fez bonito na passarela da Aldeia Amazônica, quando foi a quarta escola a desfilar na noite deste sábado, 23. A agremiação trouxe um enredo que fez um paralelo entre as tradições africanas e as do bairro do Guamá - de onde a escola é oriunda - no enredo “GuamÁfrica”.
Logo que a escola entrou na avenida, a chuva, que até então não tinha caído durante a noite, começou a dar ares de chuvisco, mas nada atrapalhou o desfile da Bole Bole.
A comissão de frente da Bole Bole fez menção aos rituais da religiosidade africana, com uma coreografia que remetia a essas celebrações.
A escola trouxe 1.200 brincantes, distribuídos em 10 alas, com 160 ritmistas na bateria e três carros. A ala das baianas veio toda em branco e verde, com detalhes em palha no vestuário. Uma das alas das passistas trazia detalhes de dentes de animais e muita pedraria nos enfeites.
Um dos carros que mais chamou q atenção foi o da Mãe África que trouxe uma escultura, com cerca de três metros de altura, exibindo de uma negra africana, com um bebê nos braços, que se movimentava em 360 graus.
As duas últimas alas fizeram referência ao tradicional Boi Bumbá paraense, com os personagens Catirina, o próprio boi e o matador do animal. O último carro exibiu o colorido dos cordões de pássaros, típicos do estado do Pará, reforçando ainda mais o tom regionalista empregado pela escola Bole Bole.