COMBATE AO TRABALHO INFANTIL







Foto: Fernando Sette - Comus
“A Matinha vem cantar, entra na roda, vamos cirandar, vamos brincar...”. Com esse refrão, que todos na avenida reproduziam, a Escola de Samba da Matinha, do bairro de Fátima, empolgou o público da Aldeia Amazônica já no início da manhã deste domingo, 24.
Neste ano, a escola apresentou o trabalho infantil como tema do desfile, escolhido por meio de uma parceria com o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8). Com o enredo “No ninho da coruja, a criança e o adolescente têm o direito de sonhar”, a agremiação levou cerca de 1.500 brincantes para a avenida.
A realidade do trabalho infantil no Estado do Pará e no Brasil foi retratada de uma forma lúdica nas alas da escola e nos carros alegóricos. Do navio negreiro, retratando o período de escravidão, ao trabalho de crianças em sinais de trânsito nas ruas das cidades, nos dias atuais. O primeiro casal de mestre-sala e porta bandeira deram um show na coreografia e mostraram samba no pé.
"A Matinha é a minha escola do coração, é tradição na minha família, a minha bisavó já fazia parte. Hoje toda a família está desfilando pela escola”, destacou Paula Malcher, 33, moradora do bairro de Fátima. “Estou muito emocionada e ansiosa. A Matinha está muito linda”, completou.
A comissão de frente apresentou um show de malabarismo, deixando o público presente sem fôlego, com crianças em uma coreografia bem ensaiada.
A Fundação Papa João XXIII (Funpapa), órgão assistencial da Prefeitura de Belém, que no dia-a-dia trata do combate ao trabalho infantil, contou com uma ala especial na agremiação.
A escola levou, ainda, para a avenida, a parte da pureza infantil, com brincadeiras, bonecas de pano e personagens infantis. Fechando o desfile, uma grande coruja surgiu no último carro alegórico da escola. “Um turbilhão de sentimentos nos envolve e faz do nosso desfile esse mar de felicidade”, disse emocionado o presidente da Matinha, Rodolfo Trindade.
*Com colaboração de Jamyla Magno