Na manhã desta quarta-feira (27.02), a deputada estadual Professora Nilse Pinheiro esteve no Hospital Ophir Loyola (HOL) reunindo com o diretor do hospital, Dr. José Roberto, para tratar sobre a falta de medicamentos oncológicos que auxiliam no tratamento da quimioterapia no hospital.
A deputada relata que é inviável a espera dos pacientes. “É inadmissível ver o número alarmante de pacientes que estão morrendo na espera dos medicamentos. São dias, meses e horas por um medicamento que não vem e o que tá em jogo são inúmeras vidas que não podem esperar mais. O remédio é importante no tratamento para que o câncer não avance e a falta dele pode prejudicar o controle da doença.” comenta a deputada, que é grande defensora dessa causa.
Os pacientes em tratamento de câncer dependem, exclusivamente, dos medicamentos Trastuzumabe e Hercepetin, medicações vitais para intervenção da doença. Por esta razão, a deputada convidou Eliana Rodrigues, que é paciente oncológica, presidente da Casa Avisce e membro da câmara técnica do governo. Ela tem um olhar sensível na luta dos pacientes oncológicos e seus familiares para cobrar soluções emergênciais.
A deputada ficou feliz ao ouvir do Dr. José Roberto que no final da última terça-feira (26.06), o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, assegurou que na próxima sexta-feira (01.03), as medicações chegarão a Belém e serão entregues ao Secretário de Saúde Alberto Beltrame.
“Hoje avançamos em mais uma luta, graças a Deus, por termos junto à deputada federal Elcione Barbalho, resolvido esse problema que se arrastava há dois anos, quando o governo passado não fez a renovação do credenciamento do Cacon (Centro de Assistência em Alta Complexidade em Oncologia) junto ao Ministério da Saúde. Hoje, na atual gestão do novo governo, essa atualização já foi providenciada. Agora, as medicações, que antes eram adquiridas por meio de ações judiciais junto ao ministério público, passam atender não apenas esse público mais todos os pacientes que necessitam da medicação, suprindo assim a necessidade de todos os hospitais de alta complexidade que tratam o câncer” relata a deputada Professora Nilse.
O fornecimento destes medicamentos ocorre por meio da inclusão nos procedimentos quimioterápicos registrados no sistema de procedimentos de Informação Ambulatorial, oferecidos pelos hospitais credenciados ao SUS e habilitados em oncologia.
A deputada disse que ficará sempre acompanhando esse processo para que o problema de fato seja resolvido. “Eu abraço essa causa, são vidas, pessoas que merecem um tratamento digno e é por isso estarei na lutar todos os dias pelo direito dos pacientes, o remédio permite que o câncer não avance e é essencial para o tratamento da doença”, frisou a parlamentar.
São exceções a essa regra de fornecimento de medicamentos:
1) Mesilato de Imatinibe para a quimioterapia da Leucemia Mielóide Crônica, da Leucemia Linfoblástica Aguda Cromossoma Philadelphia Positivo de crianças e adolescentes e do Tumor do Estroma Gastrointestinal do adulto;
2) Dasatinibe, para controle da Leucemia Mieloide Crônica do Adulto nas fases crônica, de transformação e blástica, em doentes que apresentaram falha terapêutica ou intolerância ao uso do imatinibe ou do nilotinibe e não houver possibilidade ou indicação de transplante de células-tronco hematopoéticas alogênico (TCTH-AL);
3) Nilotinibe, para controle da Leucemia Mieloide Crônica do Adulto nas fases crônica e de transformação, em doentes que apresentaram falha terapêutica ou intolerância ao uso do imatinibe ou do dasatinibe e não houver condições clínicas para TCTH-AL;
4) Trastuzumabe para a quimioterapia prévia do câncer de mama localmente avançado e câncer de mama inicial;
5) L- asparaginase para o tratamento da poliquimioterapia de pacientes com Linforma Linfoblástico ou Leucemia Linfocítica Linfoblástica Aguda;
6) Rituximabe, para Linfoma não Hodgkin de grandes células B e linfoma folicular.
Nessas situações específicas, o Ministério da Saúde realiza compra centralizada e distribuição às Secretarias de Estado da Saúde, para posterior envio aos Cacon e Unacon, conforme demanda e condições exigidas para cada medicamento.