Articulação

Ações de fomento aos Arranjos Produtivos Locais são discutidas na Sedeme

A 14ª Reunião do Núcleo Estadual de Arranjo Produtivo Local (NEAPL), na sede da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), alinhou iniciativas em curso e discutiu novas proposições para o colegiado, que reúne representantes do setor público, da iniciativa privada e de entidades de classe, como a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisa (Fapespa) e a Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio), além do Banco da Amazônia e outras instituições. 

No encontro, realizado na terça-feira (7), foram eleitos os novos membros dos Conselhos Temáticos, responsáveis por debater e articular ações, como governança e cooperação, capacidade produtiva, financiamento e investimento, inovação e tecnologia, acesso a mercados e políticas públicas. Também foi elaborado o cronograma 2019 de reuniões. A próxima está marcada para junho, na sede da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), na Avenida Perimetral, em Belém.

O titular da Sedeme, Iran Lima, destacou a importância dos APLs como instâncias em que se trabalha toda a cadeia de um produto, muitas vezes desde a semente (seleção e melhorias genéticas), passando pela indústria (desenvolvimento de máquinas e equipamentos, e de novos produtos), até chegar ao consumidor final.

Conduzido pelo diretor de Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços da Sedeme, Francisco Pantoja, com a participação do técnico Lourival Ribeiro, o encontro também mobilizou representantes de vários setores econômicos.

O pesquisador William Castro, da Embrapa, instituição com assento no Núcleo de APLs, considerou a reunião positiva. “Saio otimista, por acreditar que é chegada a hora de as instituições públicas e privadas se darem as mãos em prol do desenvolvimento econômico do Estado. Também temos de avançar em governança das ações, para que o crescimento se dê de forma mais célere”, disse William Castro, doutor em Administração, com especialização em Gestão da Tecnologia e da Inovação.

Planejamento estratégico - O economista José do Egypto Soares Filho, representando a Universidade Federal do Pará (UFPA) no Núcleo Estadual dos APLs, destacou a importância das iniciativas destinadas aos Arranjos Produtivos estarem alinhadas com o planejamento estratégico econômico para o Estado do Pará. “A estratégia da sistematização dos APLs deve contribuir para a endogenia da economia, ou seja, a internalização e a possibilidade de municípios alcançarem seu desenvolvimento. A UFPA contribui com a transferência do conhecimento. Eu entendo que o conhecimento só se transforma em inovação tecnológica através das empresas. Por isso, temos na Universidade um programa de integração entre a academia, o governo e a sociedade civil organizada”, informou.

Para o representante do Banco da Amazônia, economista Luís Euclides Feio, nada mais oportuno para as instituições financeiras discutir questões de financiamento e créditos de fomento dentro dos APLs. “A nossa expectativa é que a junção de esforços do banco com o Estado do Pará possa levar desenvolvimento aos municípios, no sentido de geração de emprego, arrecadação de impostos e aumento do PIB (Produto Interno Bruto) da região. Esse é o nosso papel enquanto instituição pública”, afirmou Luís Feio.

O Banco da Amazônia promove uma intensa programação alusiva aos 30 anos do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte), principal fonte de recursos financeiros estáveis para o crédito de fomento na Região Norte, e um dos principais instrumentos econômicos e financeiros de execução da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), elaborada pelo Ministério da Integração Nacional.

A programação do Banco da Amazônia começou em 27 de março, e ocorre por meio de 92 ações em todos os sete Estados do Norte, onde o Basa opera o FNO. No Pará, informou Luís Feio, os eventos são realizados em municípios pequenos, ainda com pouco acesso às linhas de financiamento do FNO, para divulgar a própria instituição e a oportunidade de acesso ao crédito para o setor produtivo. O orçamento do FNO 2019 é de R$ 9,3 bilhões.


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