Seminário
Ações de segurança construídas pela polícia e a sociedade com resultados significativos, em diversas localidades do Brasil, foram apresentadas durante o I Seminário Internacional de Polícia Comunitária, realizado no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, nesta quinta-feira (09), em Belém.
A relação entre a polícia e a população de Minas Gerais foi exposta na palestra “Estratégias para implementar e fortalecer a polícia comunitária: a experiência da Polícia Militar de Minas Gerais”, ministrada pelo coronel da Polícia Militar mineira, Alexandre Magno.
“E um desafio, mas estamos aqui para mostrar que é possível. Em Minas Gerais insistimos neste modelo e alcançamos resultados positivos. Não há mais como a polícia trabalhar de forma isolada. A população precisa se sentir parte deste processo”, destacou o coronel Magno.
Presidente da Associação dos Moradores do Conjunto Catalina, localizado no bairro Mangueirão, em Belém, Vânia Oliveira, afirmou que o momento foi oportuno para ampliar o conhecimento e estreitar a relação com os agentes de segurança.
“É um aprendizado muito grande. Tenho certeza que saio daqui com boas lições. Acredito que este governo começou pelo caminho certo, fazendo essa integração e parceria junto com as lideranças, a comunidade, para juntos podermos desenvolver um trabalho melhor para a nossa comunidade. Nós somos a ponta, quem tá mais perto do cidadão, como no meu caso, atendendo também moradores do Pantanal e Benguí. Então, nós sabemos da carência da população e podemos sugerir ações de acordo com cada necessidade, e essa integração é proporcionada pelo seminário”, ressaltou Vânia Oliveira.
Parceria - A relação entre a PM e moradores dos bairros da Cidade Velha, Campina e Reduto, iniciou em 2015, e a parceria culminou com a redução de 41% no número de roubos, quando comparados o primeiro trimestre dos anos de 2018 e 2019. Os números vão muito além da diminuição no número de crimes cometidos na área, pois demonstram que os moradores perceberam sua importância na garantia da segurança pública e da defesa social.
“A polícia, sozinha, não é capaz de mudar a realidade de um local. Nada melhor do que trabalhar em conjunto, informando qual é o papel de cada instituição de segurança e o valor da participação do cidadão nesse processo de transformação. A aproximação e interação são fundamentais neste processo. É necessário fazer o diagnóstico de cada local, ouvir as peculiaridades daquela comunidade, para poder atuar da melhor forma de maneira integrada”, ressaltou o major Sullivan, que atuou na implantação da Polícia Comunitária nos bairros do centro histórico da capital paraense.
O I Seminário Internacional de Polícia Comunitária teve a finalidade de discutir questões de segurança pública e direcioná-las ao programa de governo Territórios de Pacificação. O evento é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Segurança Pública, realizado no Pará por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
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