Sabor marajoara

Cerca de 97% do palmito exportado pelo Pará são produzidos na Ilha do Marajó. O produto, extraído da palmeira do açaí, virou a menina dos olhos dos exportadores. A explicação está na ponta da língua de quem conheceu o sabor do palmito marajoara, ao visitar XIV Feira da Indústria do Pará. O estande do Sindicato das Indústrias de Palmito do Pará tem sido um dos mais visitados do evento. Além de conhecer um pouco mais sobre a produção, dá para degustar uma variedade de palmitos fabricados pelos associados.
Segundo o presidente do Sindpalm, Bruno Barbosa, a maior parte do palmito processado e consumido no mundo inteiro é derivado da palmeira de açaí, que cresce de forma abundante nas florestas amazônicas. A planta, além da generosa presença na região, cresce de forma rápida, possibilitando ciclos de colheita e produtividade interessantes.
O Pará sempre foi o maior produtor de palmito de açaí do Brasil. Atualmente, o Sindpalm reúne por 28 empresas, 90% delas localizadas no maior centro de fabricação do gênero: a Ilha do Marajó. Já os grandes importadores brasileiros do alimento estão localizados nas regiões Sul e Sudeste do país. No mercado internacional, as maiores compras são feitas pelos Estados Unidos.
Para chegar a este estágio de negpocios, os produtores paraenses precisaram se adequar às normas exigidas pelo controle de qualidade do Sindpalm. O resultado não poderia ser outro: com produção certificada, o palmito do Marajó conquistando o gosto dos consumidores em todo o mundo.
“A preocupação com a qualidade é fundamental para você crescer e se manter no mercado. Se o seu produto não for apresentado com segurança, dificilmente vai a algum lugar. Todas as empresas de palmito que estão no Sindpalm têm essa premissa, o que representa um importante diferencial no mercado", explica Bruno Barbosa.
O palmito de açaí é um alimento típico da região amazônica. A colheita é feita em intervalos de 3 a 4 anos. Após o corte, o caule comestível brota novamente. A consistência de suas fibras naturais é determinante para definir o sabor exigido pelos consumidores.