Beleza biolionária
A informação foi publicada originalmente no Financial Times, reproduzida pelo site Infomoney e já confirmada pela maior multinacional brasileira de cosméticos. Às vésperas de completar 50 anos de atividades, a Natura mantém cerca de 1,7 milhão de consultoras de vendas em sete países e obteve, em 2018, receita líquida de R$ 8,447 bilhões em 2018. Um crescimento de quase 10% em comparação com 2017.
A Avon Cosméticos é uma empresa norte-americana criada em 1886 como Califórnia Perfume Company, em Manhattan, Nova York. Somente em 1939, em homenagem a William Shakespeare, passou a ser conhecida como Avon, nome inspirado na cidade natal do escritor, Stratford-upon-Avon. A empresa opera no Brasil há 67 anos.
Com a compra da Avon, a Natura avança no projeto de expansão da multinacional brasileira, que já adquiriu a Aesop, em 2012, e a The Body Shop, em 2017. Este ano, a Natura consolida a criação de um grupo global, multimarca e multicanal, denominado Natura&Co, incluindo agora a Avon.
A Natura&Co já tem, sem contar a chegada da Avon, mais de 18 mil profissionais, atuando em 73 países, nos cinco continentes. Só na Natura são 6,6 mil colaboradores, com uma plataforma online de vendas no Brasil que ultrapassa 5 milhões de consumidores registrados e foi eleita, em 2018, como o melhor e-commerce do País.
Além das fábricas em Benevides (PA) e Cajamar (SP), a Natura tem estrutura formada pela sede administrativa, em São Paulo, pelo Hub logístico de Itupeva (SP) e por 13 centros de distribuição. Incluindo o CD de Castanhal, são oito no Brasil e cinco na América Latina), fora os dois centros de pesquisa e tecnologia instalados em Cajamar e Benevides.
Segundo o Relatório de Resultados de 2018, a Natura ultrapassou em mais de 50% a meta para 2020 na Panamazônica, que previa a geração de R$ 1 bilhão em volume de negócios na região.
O Programa Amazônia foi lançado em 2011, com o objetivo de direcionar investimentos para a região. E o Ecoparque em Benevides (PA), centro empresarial baseado no conceito de simbiose industrial, foi inaugurado em 2014.
Com a compra que será anunciada nesta quarta-feira, a empresa brasileira ficará com 76% da empresa, enquanto o restante será detido por acionistas da Avon. Tão logo a notícia começou a circular, a Natura passou de uma queda recente de 6% para a alta de 5% das ações na Bolsa de Valores.
Segundo estimativas de analistas, o resultado do acordo de compra transformaria a Natura na 5ª maior empresa do setor de cosméticos, com vendas de US$ 10 bilhões.
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