Projeto
Ao completar 45 anos de história, a Guarda de Nazaré foi reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará pela Alepa. O Projeto de Lei, de autoria da deputada Ana Cunha (PSDB), teve aprovação unânime entre os deputados na manhã desta terça-feira (11.06). No momento da votação, no plenário Newton Miranda, membros da Guarda de Nazaré prestigiaram esse momento de suma importância ao grupo.
A Guarda é reconhecida pela Santa Sé, Vaticano, como “Símbolo de Devoção e Amor Mariano” nos pontificados de Bento XVI e Papa Francisco.
“Como é reconhecida a nível papal, chegou a hora de ser célebre na sua terra”, enfatizou a deputada Ana Cunha.
Composta por mais de dois mil homens e há 45 anos nessa missão de amor, dedicação, fé, solidariedade e responsabilidade, a Guarda de Nazaré transforma vidas e principalmente nas vidas desses homens que carregam consigo este dever. O que eles têm em comum são histórias de devoção e chamado, eles acreditam que foram escolhidos pela Nossa Senhora de Nazaré.
Ronaldo Vasconcelos, integrante da Guarda há 1 ano, estava com uma hérnia de disco e ficou sem andar. Após muita oração, depois da cirurgia e através das fisioterapias, o representante de empresa de cobranças voltou a andar.
“Pela graça que eu tive de ter voltado a andar, comecei a frequentar a igreja e recebi o chamado para ser guarda de Nazaré. Eu aceitei na mesma hora. Uma das bênçãos que jamais esquecerei”, ressaltou o guarda.
Há quatro anos, Paulo Brandão se faz presente nessa missão.
“Se doar para o serviço da Guarda, naturalmente acontece. É uma crença tão grande que nada se abate às coisas”, disse.
Para a deputada Ana Cunha, que é muito católica, é uma honra preparar o Projeto de Lei que declara a Guarda de Nazaré integrante do Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado.
“Um reconhecimento de bravura a estas pessoas que atuam durante todo o ano no Santuário de Nazaré: nas procissões, missas, adorações e eventos sociais, além de serem indispensáveis na festa da Rainha da Amazônia”, pontuou a deputada. E acrescentou, “ Eles têm a proteção divina para caminhar, levando a fé e fazer a segurança da nossa festa religiosa paraense, assim como outras missões, seja na terra, no ar ou nas águas. São escolhidos pela Nossa Senhora de Nazaré”, finalizou.
Para o advogado e também guarda, existe uma pessoa antes e depois na vida dele.
“Mudou minha vida. Eu tenho outro perfil. Sinto a necessidade de estar na igreja e nas comunidades. Um trabalho de humildade onde todos são iguais”, disse Rogério Felipe, que informou ser devoto e para se manter na Guarda precisa frequentar no mínimo 52 missas por ano. “É um ato voluntário e de amor”, concluiu.
De acordo com os integrantes da Guarda, para fazer parte do grupo é preciso ser indicado por algum pertencente da Guarda, ser selecionado, fazer o curso preparatório que tem duração de 4 meses e é oferecido a cada 2 anos. Tem que cumprir o número de missas e ser participativo na vida da comunidade. Todos devem ser do sexo masculino, crismados e voluntários.
Em homenagem aos 45 anos da Guarda de Nazaré, a deputada Ana Cunha propôs uma Sessão Solene no plenário Newton Miranda.
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