55 mortes
Sandro do Rebojo, como era conhecido um dos líderes do Comando Vermelho no Centro Regional de Recuperação de Altamira, palco de rebelião na manhã desta segunda-feira, era um dos alvos da facção rival, Comando Classe A, e foi morto pelos amotinados. Por volta das 7h internos do Bloco A, rivais do Comando Vermelho, invadiram o anexo 112, de acordo com informações preliminares de Jarbas Vasconcelos, superintendente do Sistema Penal no Pará, que está a caminho de Altamira com toda a cúpula da Segurança Pública estadual.
Em entrevista ao jornalista Carlos Mendes, do Blog Ver-o-Fato, Jarbas Vasconcelos atualizou os números do massacre. São 55 mortos, sendo 16 decapitados e 39 asfixiados. Os dois agentes prisionais que chegaram a ser feitos reféns pelos criminosos foram libertados após negociações com policiais civis e militares, com a ajuda de dois promotores de justiça, e passam bem. Eles foram surpreendidos pelos detentos na hora do café da manhã.
Foi instalada em Altamira uma Sala de Situação, onde estarão representadas a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Segup e a procuradoria de Justiça do Estado, entre outras instituições. Além de trocar informações e indicar os próximos passos da apuração da rebelião seguida de massacre, a equipe deverá avaliar as imagens disponíveis. Alguns vídeos foram postados nas redes sociais. Um deles mostra cabeças de prisioneiros após a decapitação.
Além do Comando Vermelho e do Comando Classe A, rivais que se envolveram no conflito desta segunda-feira em Altamira, atuam nos presídios do Pará outras três faccções identificadas como Família do Norte, Primeira Guerrilha do Norte e Primeiro Comando da Capital, que é um dos mais antigos do Brasil.
Com a atualização dos números, a rebelião seguida de massacre em Altamira já se equipara em violência e mortes a outra grave ocorrência deste tipo, este ano, no Brasil. A primeira aconteceu em maio, no Amazonas, também com a morte de 55 pessoas.