Massacre Altamira

Pará terá cinco novas unidades prisionais até o fim do ano

O governo do Estado está tomando medidas estratégicas para evitar novos confrontos entre facções criminosas em presídios estaduais.

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) anunciou, na manhã desta terça-feira (30), que, até o fim do ano, mais cinco unidades prisionais serão entregues no Pará.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) reforçou que terão novas casas penais na região de Altamira (Vitória do Xingu), Parauapebas, Redenção, Abaetetuba e Tucuruí. "Serão mais de 2 mil vagas abertas. E neste sábado, quase 500 agentes concursados tomam posse, algo que não existia. Com essas medidas conseguimos melhorar o quadro e o sistema", enfatizou o titular da pasta, Ualame Machado.

Do total de 46 presos que estão sendo transferidos do Centro Regional de Recuperação de Altamira, chegaram nesta manhã, à capital paraense, sete homens. Eles desembarcaram no hangar do Grupamento Aéreo de Segurança Pública em duas aeronaves modelo caravan e seguiram para unidades prisionais em um caminhão da Susipe, sob escolta policial.

A operação de transferência de presos, que deve encerrar no final do dia, ocorre em duas frentes de deslocamento: terrestre e aéreo. Cerca de 30 deles serão distribuídos para diversas casas penais do Estado. Os outros 16 que foram identificados como mentores e executores da rebelião irão aguardar transferência para presídios federais. Dez vagas já foram liberadas após articulação do governador Helder Barbalho com o ministro da Justiça, Sergio Moro.

De acordo com Ualame Machado, os 16 presos que tiveram envolvimento direto na rebelião respondiam na Justiça por roubo, latrocínio, homicídio e tráfico de drogas. "O que estão vindo de avião para Belém foram identificados por vídeos e depoimentos de envolvidos na situação, e foram autuados em flagrante. Vão passar a responder por homicídio, organização criminosa e dano ao patrimônio público. Em breve, serão transferidos para presídios federais", explica o secretário.

Com os detentos envolvidos identificados, a resposta do Estado foi imediata. "Iniciamos a contagem de vítimas, a comunicação às famílias, estamos trabalhando na identificação dos corpos. Isso tudo é prioridade. Estamos dando todo o suporte para o CPC para que o trabalho de identificação seja feito o mais rápido possível, além de acelerar os inquéritos e a própria transferência dos 46 para outros presídios", ressalta Ualame.

Segundo o secretário, além dos 10 presos que irão para presídios federais, outros dez vão para isolamento na RMB e os demais serão distribuídos em outras casas penais.


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