Bora beber, amigão?
Em menos de dez dias, quem só tinha uma opção agora já pode até escolher entre três alternativas. Chegaram ao mercado, em julho, mais duas cervejas para cachorro, acendendo a concorrência: a Cãolorado, da cervejaria Colorado, e a Dogz, da Skol, que agora dividem a preferência com a pioneira Dog Beer.
A Cãolorado é resultado de uma parceria da fábrica Colorado, vinculada à Ambev, com a empresa Blue Hops, dedicada à pesquisa e desenvolvimento de produtos alimentícios para pets. A Blue já tem um pé no setor cervejeiro por meio de um projeto desenvolvido junto com a Heineken.
Também integra esta parceria a Padaria Pet, uma das marcas mais vitoriosas do segmento, envolvida em fabricação, distribuição e varejo de produtos para animais de estimação. A Pet produz, por ano, mais de 100 toneladas de petiscos, tiras de carnes e outros alimentos para cães e gatos, mantendo franquia em várias cidades brasileiras.
A outra cerveja nova é a Dogz, também fruto de parceria, agora da Skol com a rede Petz e com a Dog Beer. A Petz é uma das maiores redes do ramo no Brasil e atua em quase todos os segmentos do mercado de bichos de estimação, destacando-se pelas grandes lojas que funcionam como shoppings de produtos e serviços pets.
A Dog Beer é a primeira cerveja para cães fabricada no Brasil. A marca existe desde 2014, é apresentada como um petisco líquido e não contém álcool nem gás carbônico. Foi desenvolvida pelo Centro de Tecnologia e Alimentos do Senai do Rio de Janeiro.
Ambos os produtos lançados em julho foram desenvolvidos especialmente para o organismo dos cachorros: sem fermentação, sem álcool e à base de água, malte e carne. A Skol ainda promete um apelo social: pretende reverter as vendas da Dogz para o Instituto de Proteção Animal Pet Van, uma organização da sociedade civil dedicada à proteção e tratamento de animais carentes.
O envolvimento de grandes players do setor de bebidas e das marcas pet indica que a cerveja para cachorro não é conversa de bêbado: é coisa muito séria. O foco das empresas é um mercado que cresce quase 7% ao ano e que faturou, em 2018, mais de R$ 21 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação.
A própria Abinpet revela que a indústria e os petshops vão muito além de artigos convencionais e têm investido pesado naquela que se desenha como a maior tendência do setor: a humanização dos animais. O que inclui mimos, sorvete, geleia, hoteis e - por que não? - até cervejas.