ECONOMIA




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O emprego formal na capital paraense apresentou saldo positivo em 2019, com 1.002 pessoas admitidas no mercado de trabalho, de acordo com estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese Pará), que mantém uma parceria com a Prefeitura de Belém para realizar serviços de pesquisa ao município. O anúncio ocorreu nesta segunda-feira, 23, na sede do Executivo.
O supervisor técnico do Dieese, economista Roberto Sena, avalia que mesmo diante da situação em que o País se encontra, com baixa empregabilidade, Belém fecha o ano com crescimento de empregos. “No segundo semestre foi muito forte essa ocupação, principalmente no setor de serviço e no do comércio, que geraram muitos empregos. Isso fez com que Belém apresentasse crescimento e voltasse para o ranking do top dos dez municípios que mais geraram empregos no estado”, disse.
Os dados do Dieese apontam a movimentação do emprego formal por setores econômicos de atividades de janeiro a novembro de 2019. O número de admitidos em Belém no período foi de 77.675 contra os demitidos, que foi de 76.673, resultando em mais de mil pessoas empregadas. Os principais setores econômicos responsáveis por este alcance foram comércio e serviços.
Ainda na análise de Sena, o que contribuiu para este saldo positivo foi mais dinheiro injetado na economia e mais investimento. “No segundo semestre tivemos um grau de recurso muito forte com a liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), do 13º salário, PIS (Programa de Integração Social), festividade do Círio de Nazaré, e isso foi elevando o grau de renda na economia fortemente. Porque com mais dinheiro se compra e se vende mais, isso faz com que você precise colocar mais pessoas no mercado de trabalho”, explicou.
Já na distribuição dos empregos formais e informais, a capital paraense mostra que no terceiro trimestre Belém atingiu a diferença de 25 mil empregos formais, contra um saldo negativo de 24 mil empregos informais, ou seja, mais pessoas tendo garantias de direitos. “O que a gente vê é que as pessoas saíram da informalidade para a empregabilidade, este é um número muito expressivo. Quem vive na informalidade não tem direitos trabalhistas, tem riscos permanentes, e por vezes está em áreas indevidas. Já na condição de empregado, passa a ter formalismo e a sequência de direitos de empregados”, enfatizou o prefeito de Belém Zenaldo Coutinho.