SAÚDE







Foto: Hugo Tomkiwitz
Novas alternativas de combate ao Coronavírus estão surgindo, e mudando a realidade de quem precisa criar estratégias para ir na contramão dos desafios da economia neste momento. Assim, surgiu a iniciativa da Prefeitura de Belém que contratou artesãs e costureiras para produzirem máscaras que serão distribuídas entre as unidades de saúde do município.
A ação ocorre sob a supervisão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), e segue todos os padrões exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde o processo de produção, material utilizado e cuidados com as costureiras. A Prefeitura fornece o material e remunera a mão de obra.
“Muitas mulheres então procurando caminhos para sobreviver neste momento, nós observamos que isso iria gerar renda, principalmente para aquelas que trabalham em casa. A OMS flexibilizou para que pudéssemos produzir essas máscaras, então procuramos artesãs que pudessem confeccionar dentro do padrão correto de produção. Não podemos fazer as máscaras de qualquer jeito”, explicou a coordenadora da ação, Noeme Barbosa.
Economia - Ao todo, 20 mulheres estão trabalhando na produção das máscaras, e, mais de 1.000 já foram produzidas. “Buscamos, neste momento, trabalhar a economia, mas também a proteção principalmente dos profissionais da saúde, porque a gente sabe que a falta de máscaras não é um problema de Belém, é no mundo, devido a grande procura”, enfatizou Noeme. “Temos várias mulheres trabalhando, inclusive uma jovem, que neste período, encontrou na produção das máscaras, uma fonte de renda para pagar a faculdade. Assim a economia continua girando”, completou Noeme.
Fonte de renda - A artesã Andiara Vilas Boas é uma das mulheres que está trabalhando na confecção das máscaras. Ela trabalha há mais de 15 anos na área e encontrou, durante a pandemia, uma nova fonte de renda. “Eu já tenho um trabalho com a Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel), lá eu ministro cursos artesanais, foi então que a Prefeitura me procurou para fazer esse trabalho das máscaras. Estou produzindo cerca de 150 por dia”, contou ela que tem como fonte de renda o artesanato. “Durante essa crise eu não estou produzindo, nem vendendo, então minha fonte de renda agora está sendo a produção das máscaras, que abriu portas para outras parcerias”.
Depois que as máscaras ficam prontas, as máscaras são entregues à Sesma para passar por um processo de esterilização - conforme orienta a OMS -, para então, serem entregues nas unidades de saúde do município.
“De manhã, quando levanto, eu limpo, passo álcool, coloco meus equipamentos, mesmo sabendo que as máscaras serão esterilizadas eu tenho todo um cuidado com a higiene. É muito importante esse trabalho, porque a gente sabe da necessidade que esses profissionais têm. Então, isso se torna gratificante, por saber que aquilo que eu estou produzindo está ajudando outras pessoas”, declarou Andiara.