Coronavírus
Um grupo de pesquisadores e outros voluntários, a maior parte da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), está utilizando impressora 3D para produzir um tipo de viseira facial para doar aos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19 no Pará. O grupo tem unido esforços para produzir no menor tempo possível cerca de 3.600 viseiras, que serão doadas à Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (SESPA). As viseiras são reutilizáveis e serão usadas pelos profissionais e agentes de saúde em conjunto com a máscara tradicional descartável, proporcionando uma camada extra de proteção contra a entrada de fluidos.
Os profissionais da Ufra envolvidos pertencem ao quadro do Instituto da Saúde e Produção Animal (ISPA), do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) e do Programa de Educação Tutorial (PET) de Agronomia. Além deles, também participam da força-tarefa pesquisadores de outras instituições de pesquisa do Pará, estudantes de graduação e residentes de Medicina Veterinária. O grupo está produzindo kits contendo cada um 04 armações impressas em 3D, 04 proteções de acetato 0,3 mm e elásticos para ajustar a viseira. A produção dos kits está sendo feita no Laboratório de Histologia e Embriologia Animal (LHEA) da Ufra.
O agrônomo e pesquisador Rafael Viana, um dos docentes da UFRA que está à frente da ação, explica que esse modelo de viseira foi adaptado de modelos já existentes na internet. “Realizamos algumas modificações, pois os modelos disponíveis consumiam bastante material que hoje já se encontram em falta. Outra adaptação foi realizada para permitir o uso confortável de máscaras N95 concomitante ao uso da viseira, o que é padrão entre os profissionais de saúde. A viseira proporciona uma camada impermeável à entrada de fluidos líquidos, principalmente advindos de gotículas de saliva, o que reduz grandemente as chances de contato dessas partículas com a pele e a mucosa da face”, explica.
O pesquisador alerta para a falta de equipamentos de proteção individual na área da saúde, um problema que tem sido enfrentado pela maioria dos países do mundo. “O momento que enfrentamos é inédito e sem precedentes em nossa história recente. A falta de materiais de proteção não é exclusiva do Brasil. Praticamente 20% dos infectados são profissionais da área de saúde, os quais são a linha de frente na ajuda ao combate à pandemia. Prover esses profissionais de proteção é extremamente importante, visando à manutenção da vida e à saúde dos mesmos e possibilitando a continuidade dos trabalhos em prol da sociedade”, concluiu Rafael.
Texto: Ascom/Ufra
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