Saúde
Entre 15 e 22 de julho, o projeto de Combate à Malária realizará a primeira campanha de prevenção deste ano nas comunidades de Oriximiná, no Oeste do Pará. Serão atendidas comunidades quilombolas e ribeirinhas e duas aldeias indígenas, com ações de borrifação e pulverização intradomiciliar. Nesta primeira fase, serão beneficiadas 4 mil pessoas de 23 localidades. A iniciativa faz parte do Programa de Educação Socioambiental (PES) da Mineração Rio do Norte (MRN).
Edmundo Barbosa, coordenador técnico de Saúde Pública da MRN, explica que o projeto sofreu atraso no calendário em função da pandemia de covid-19 e das medidas restritivas adotadas para proteção das comunidades. Contudo, nesse retorno das atividades, ele assegura que serão realizados todos os procedimentos de segurança para o bem-estar dos comunitários. “Antes de seguir para as comunidades, os membros da equipe passarão pelo teste de covid-19 para garantir que todos estejam saudáveis. Os barcos e as lanchas serão sanitizados e as botas desinfectadas. Além disso, o nosso o contato com os moradores será o mínimo. Seguiremos todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde”, afirma Barbosa.
Nesta primeira etapa, as palestras e atividades educativas foram canceladas para evitar aglomerações. Será feito somente o controle do vetor (mosquito Anopheles darlingii). É fundamental que os comunitários estejam atentos para receber as equipes e permitir sua entrada na casa para realização do trabalho preventivo.
Para todo esse atendimento é montada uma força-tarefa em que os agentes comunitários percorrem mais de 100 quilômetros visitando casa por casa na chamada região do Alto Trombetas. Mediante permissão do morador, a equipe responsável pelo projeto aplica inseticida nas paredes da casa e na área externa é feita aplicação do fumacê. O objetivo é eliminar os mosquitos infectados para evitar que transmitam a doença.
Em tempos de pandemia, também é importante que os comunitários trabalhem na prevenção de outras doenças, como a malária. “Fique em casa, evite sair para visitar amigos e parentes em comunidades acometidas pela malária, evite adentrar a mata para tomar banho no rio no começo da manhã e final da tarde. Mantenha sempre limpo os arredores de sua casa. Se as pessoas já estiverem infectadas pela doença siga as recomendações médicas e nunca pare o tratamento. Lembre-se de que o melhor agente de saúde da sua comunidade é você mesmo, faça a sua parte”, orienta Edmundo Barbosa.
Os números evidenciam quanto o projeto de Combate à Malária tem sido essencial para prevenir a doença na região. Em 1999, quando foi implantado, havia 1.126 casos da doença. Já no ano passado, foram registrados apenas 87 casos. (Com Fabiana Gomes-Temple)
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