Desenvolvimento
A Alubar, principal fabricante de cabos elétricos de alumínio da América Latina e produtora de condutores de cobre para todo o Brasil, é uma das três empresas finalistas da 8ª Edição do Prêmio REDES de Desenvolvimento, na categoria “Case de Desenvolvimento de Fornecedores”. Promovida pela REDES Inovação e Sustentabilidade (REDES/FIEPA), a premiação reconhece grandes empresas com boas práticas em desenvolver relacionamento com fornecedores locais.
O case que trouxe a Alubar até a fase final do prêmio foi uma solução pensada para dar uma destinação melhor para as embalagens de madeira que protegem os cabos elétricos de alumínio durante a estocagem e transporte. Ao final da vida útil, os carretéis de madeira são doados para outra empresa de Barcarena, que os recicla e transforma em cunhas.
Além reduzir a zero o custo da destinação deste resíduo, a Alubar passou a adquirir essas cunhas recicladas a um preço menor em comparação com outros fornecedores, usando-as para prender as extremidades dos carretéis de cabos elétricos, dando estabilidade no transporte dos produtos. “De fevereiro a dezembro de 2019, a gente conseguiu obter uma grande economia só com a doação do resíduo de madeira e, além disso, contribuímos com a geração de emprego na região ao desenvolver um fornecedor local de cunhas com valor 35% mais baixo”, relata o Gerente do Controle da Qualidade e Meio Ambiente da Alubar, Hélido Sena.
O segredo para que esta melhoria fosse bem sucedida está no bom relacionamento da fábrica com seus fornecedores. No processo de busca de uma destinação mais eficiente para os resíduos de madeira, a Alubar identificou que a empresa Construservice, que já prestava serviços de carga e descarga, carregamento de bobinas e retirada de resíduos, também poderia fazer a transformação das embalagens em cunhas de madeira. A empresa então recebeu uma consultoria e treinamento por meio do setor de Meio Ambiente da Alubar, com foco no atendimento à legislação e importância da atuação com responsabilidade ambiental.
O Gerente Geral da Construservice, João Luiz Rodrigues, explica que já tinha familiaridade com as embalagens de madeira e, a partir delas, foi fácil criar as cunhas. “A gente já prestava alguns serviços para eles. Então tiramos as medidas dos carretéis desmontados, pesquisamos o material que tinha e desenvolvemos as cunhas. Foi muito importante, o que para a Alubar é resíduo, para gente é matéria-prima de um novo produto”, afirma.
A Analista de Compras da Alubar, Simone Ferreira, explica que a busca de fornecedor para a transformação dos carretéis de madeira em cunhas se concentrou no mercado local e em etapas que garantiram a qualidade e o atendimento às normas legais. “Realizamos visita, análise técnica e concluímos com a qualificação da empresa, de modo a garantir que todo o serviço prestado esteja em conformidade com os padrões legais e com nosso sistema de gestão”, afirma a Analista.
A Coordenadora de Suprimentos da Alubar, Dorcas Xavier, relata que a mudança na destinação de resíduos de madeira trouxe resultados financeiros e ambientais ao fornecedor e à empresa. “O projeto proporcionou ao fornecedor um incremento de receita de 5%, além do acréscimo de 10% na contratação de mão de obra local, o que contribuiu para o desenvolvimento da região através da geração de emprego e renda. Para a Alubar, houve uma redução de 100% no custo de retirada e destinação e redução de 35% no valor de aquisição da cunha de madeira”, afirma.
A Alubar é signatária do Pacto Global das Nações Unidas e está comprometida com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), um conjunto de metas e agendas para melhorar a vida no planeta, de forma geral, até 2030. A mudança na destinação dos resíduos de madeira se relaciona diretamente com os ODS 9 - Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação; e ODS 12 - Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Isto porque a empresa deixa de extrair da natureza cerca de 100m³ de madeira por ano, contribuindo para a preservação das florestas e para a redução no consumo de água e energia utilizados na extração.
(Texto: Jobson Marinho - Temple)