COVID-19
O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, unidade do Governo do Estado, gerenciada pela Pró-Saúde, é o maior do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil em volume de leitos para o atendimento voltado exclusivamente ao diagnóstico e tratamento especializados do câncer infantojuvenil. Desde março, quando iniciou a pandemia da Covid-19, a instituição fez atendimentos, em caráter especial, para receber pacientes pediátricos não oncológicos que apresentaram o quadro clínico de suspeita ou de confirmação da infecção por Covid-19.
No geral, foram 150 casos hospitalizados em UTI e Enfermarias, dos quais 52 pacientes realizaram testes para Covid-19, mas não ficaram internados; nos casos de não internação, seus responsáveis legais foram orientados acerca dos cuidados a serem tomados e assinaram um termo de responsabilidade de isolamento social. O saldo para pacientes oncológicos foi de 127 e o de não oncológicos foi de apenas de 20, porém ainda existem 3 casos suspeitos que estão em andamento de diagnóstico.
Para prestar esse atendimento inespecífico, o hospital adaptou suas estruturas física, ambulatorial e setorial e plano terapêutico em oncologia, porém segregou a área para atendimento exclusivo, com 5 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que não prejudicou o tratamento oncológico em sua integridade. Entre as adaptações pode-se destacar a separação de um andar exclusivo do prédio para casos de internação por Covid-19; havendo também a criação de uma cartilha contendo orientações de isolamento domiciliar para os pacientes e seus acompanhantes.
A instituição elaborou um plano específico de transporte e manejo dos pacientes, bem como para o transporte de resíduos, com o objetivo de diminuir os riscos. E, para redobrar a prática de higienização, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da instituição implantou, em junho deste ano, o Time Guardiões dos Maninhos, iniciativa que empodera a equipe para os cuidados rigorosos com a limpeza das mãos e, principalmente, alavanca a prática e o fortalecimento dos cuidados desempenhados pela equipe, proporcionando o atendimento seguro e a diminuição de riscos.
A diretora hospitalar, Alba Muniz, lembra que no período mais crítico o hospital não parou suas atividades e esteve no front da pandemia da Covid-19. “Não deixamos de receber nenhum caso novo de criança com câncer por causa da pandemia, diferentemente do que aconteceu em outras regiões do Brasil”, disse.
Ela destaca ainda o cuidado rigoroso dispensado aos pequeninos e adolescentes internados e a toda a equipe de profissionais do hospital, o que garantiu a não existência de grandes problemas com a pandemia.
Alta de Bebê de 5 meses, após 3 meses internado por Covid-19
A mais recente alta de paciente no Oncológico Infantil ocorreu no início do mês, no dia 9 de outubro. O dia foi marcante e especial para familiares e equipe de profissionais envolvida no atendimento da paciente Eloá Calandrine da Silva, de apenas 5 meses de idade, que foi mais uma “guerreira” ao vencer a luta contra a Covid-19.
O bebê passou 3 meses internado no Oncológico Infantil onde recebeu todos os cuidados rigorosos e atenção assistencial da equipe multiprofissional da Unidade. Eloá não era paciente oncológico, mas obteve o atendimento em caráter emergencial.
A mãe da criança, Eliete Calandrine, tomada pela emoção, conta que sua pequeninha adoeceu repentinamente, em julho deste ano, começando a espirrar e ela achava que era apenas uma gripe comum. Antes de dar entrada no Oncológico Infantil, a criança passou dois dias internada no Hospital e Prontossocorro Municipal Mário Pinotti, em Belém, onde teve o diagnóstico de pneumonia, sendo transferida para receber os cuidados pediátricos no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo.
Atendimento Humanizado
Desde que foi inaugurado, em 2015, o hospital realiza a oferta dos seus atendimentos pautada nos princípios da Política Nacional de Humanização. O Hospital Oncológico Infantil é referência para o atendimento de crianças e adolescentes com câncer no Pará e em estados vizinhos como o Amapá.
*Com informações de Emanuel Jadir/Ascom HOIOL