SUSTENTABILIDADE
O programa de capacitação e treinamento da Organização Não Governamental (ONG) Instituto Floresta Tropical promoveu, no último mês, dois cursos de aprimoramentos destinados exclusivamente aos moradores da Reserva Extrativista Mapuá, localizada no município de Breves, na região do Marajó, no Pará. As atividades de Técnicas de planejamento e abertura de infraestrutura (TOI) e Técnicas especiais em derruba de árvores (TCS) foram realizadas nos polos das unidades de manejo florestal “Boa Esperança” e “Santíssima Trindade” e reuniu cerca de 30 comunitários.
Os cursos, divididos em aulas práticas e teóricas, tiveram a duração de 51 horas (sendo 24h do TCS e 27h do TOI) e abordaram diversos conhecimentos destinados ao aumento da eficiência do manejo florestal, segurança e conforto no trabalho com uso de motosserras durante às diversas atividades com exploração de impacto reduzido (EIR) e planejamento e abertura manual de estradas para facilitar o transporte da madeira.
“Geralmente o curso TOI trata de planejamento e construção de infraestrutura como estradas e pátios, por exemplo, contudo, como o manejo no local é de baixa intensidade não se pode abrir estradas com o trator de esteira. Por essa razão, as estradas foram planejadas para facilitar o deslocamento da tartaruga [equipamento para movimentação de carga ideal para terrenos em área de várzea] e permitir um acesso mais fácil durante a atividade de derruba. As estradas foram abertas de forma manual, definindo o caminho principal por onde as toras serão arrastadas até o porto de embarque para o transporte final até a serraria”, explicou o técnico florestal João Adriano Lima.
Além da metodologia específica de cada atividade, a equipe técnica do IFT também abordou orientações sobre saúde e segurança do trabalho durante as práticas de manejo florestal na comunidade. Segundo a equipe, os cursos cumpriram seus objetivos ao proporcionarem aos comunitários um olhar técnico mais aguçado sobre a prática do manejo comunitário. “Na execução do treinamento vimos que os grupos de ambos os polos (Boa Esperança e Santíssima Trindade) estão bem mais motivados e organizados para executar as atividades do manejo na localidade”, afirmou João.
De acordo com o técnico do IFT, os comunitários da Resex Mapuá ainda receberão mais um curso de capacitação em 2020. A atividade prevista para os próximos meses é a de Técnicas de planejamento e operação de arraste em manejo florestal (TOA)
Florestas Comunitárias
A capacitação de comunitários da Resex Mapuá é uma iniciativa do projeto “Florestas Comunitárias”, que tem o objetivo de apoiar a implementação de modelos de manejo florestal comunitário para uso e comercialização de madeira e açaí na localidade. O projeto conta com o apoio financeiro do BNDES, por meio do Fundo Amazônia, e com as parcerias institucionais da Caterpillar, Keila Florestal e Stihl.
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