SUSTENTABILIDADE
Conscientes da relevância dos recursos hídricos, hospitais públicos paraenses, gerenciados pela Pró-Saúde, vem desenvolvendo projetos que visam preservar o meio ambiente por meio da economia de água.
No total, as iniciativas implantadas já economizaram, desde 2018, mais de 24.953 m³ de água, reaproveitados em seis unidades de saúde na capital e interior do estado. Cada metro cúbico de água corresponde a mil litros.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), uma família com três pessoas consome, em média, 9 mil litros ao mês, ou seja, a economia de água gerada nos hospitais é suficiente para abastecer 2.223 lares paraenses em um mês.
Os projetos desenvolvidos monitoram o consumo de água, com a finalidade de promover uma abordagem preventiva com os colaboradores e usuários, sobre a responsabilidade ambiental no meio social em que vivem.
As iniciativas fazem parte das diretrizes institucionais da Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, que estimula a criação de projetos voltados ao meio ambiente e otimização de recursos dentro de suas unidades gerenciadas.
Atualmente, 10 unidades gerenciadas pela entidade no país integram os desafios da Rede Hospitais Verdes e Saudáveis. A expectativa é que este número aumente no próximo ano, chegando a todos os hospitais administrados pela instituição.
Entre as conquistas na área de sustentabilidade no último ano, destaque para o prêmio “Health Care Climate Challenge” do Hospital Público Estadual Galileu, em Belém (PA), um dos cinco hospitais nacionais vencedores do Desafio do Clima 2019.
Outras unidades venceram ainda o prêmio Hospital Amigo do Meio Ambiente, entre eles o Hospital Regional do Baixo Amazonas, também situado no Pará. Além da economia de água, há projetos voltados para o reaproveitamento e descarte correto de resíduos, redução do consumo de papel, uso e descarte correto de medicamentos, redução do consumo de energia e emissão de gases de efeito estufa, entre outros.
“Em 2020, foi intensificada a interação entre nossas unidades, com isso, estima-se que os resultados podem ser ainda mais positivos, pois essa troca de experiências entre os hospitais que já alcançaram níveis de excelência, e as unidades que estão no início desta jornada, é muito rica e inspiradora”, ressalta Cristiane Malta, analista de Sustentabilidade da Pró-Saúde.
Projetos e resultados
O Hospital Metropolitano, localizado em Ananindeua, referência em traumas e queimaduras no estado do Pará, desenvolveu em 2018, um mecanismo que realiza o reaproveitamento da água utilizada no resfriamento das bombas da central de vácuo.
O projeto da unidade, que integra a seleta lista dos signatários do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), deixou de utilizar 23,8 mil m³ de água “nova”, em apenas um ano, economizando cerca de R$ 25,7 mil reais.
Já no Hospital Público Estadual Galileu, na capital, foi implantado o projeto “Captação de água no Hospital Galileu”, que armazena o líquido que cai da chuva em recipientes montados estrategicamente no local. Em um ano, o HPEG economizou quase 11 mil litros de água. “Utilizamos a água armazenada para executar alguns serviços como: irrigação do jardim e lavagem dos carrinhos de resíduos. Essa atitude desperta a cultura sustentável em todos”, explica Joabe Lopes, coordenador de apoio da unidade.
Há três meses, o Hospital Oncológico Infantil, referência em oncologia pediátrica no Norte do país, implantou processos voltados para o controle do consumo de água e, com a realização de diversas campanhas de conscientização, conseguiu economizar 405 mil litros de água, entre agosto e setembro de 2020.
Neste ano, o Regional do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá, implantou em agosto, o projeto "Reuse", que capta a água das centrais de ar condicionado, por meio de um sistema de drenagem. Com a iniciativa, a unidade prevê uma economia de, em média, 900 m³ de água por ano após a implantação em todo hospital.
No interior do estado, a reutilização de água ganhou espaço também nos Hospitais Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, e Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, com projetos reaproveitamento da água utilizada em equipamentos de diálise. O trabalho consiste na coleta, tratamento e reaproveitamento da água utilizada pelas máquinas do setor de hemodiálise.
“A água, que antes era descartada, agora é utilizada em vários setores, como laboratórios, endoscopias e Central de Material Esterilizado (CME), evitando o uso de água nova”, explica Fabrício Rocha, gerente de manutenção do HRPT.
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