Agro é Tec!



Foto: Divulgação
A expedição Confina Brasil chegou ao Pará, estado com cerca de 19 milhões de bovinos de corte, para conhecer de perto o movimento fantástico das fazendas paraenses e de outros 10 estados, parte importante no processo de tecnificação da pecuária e do aumento da oferta de carne bovina para atender à crescente demanda por carne de alta qualidade. O primeiro local visitado foi a Fazenda Santa Isabel (Santana do Araguaia/PA), com cerca de 9 mil hectares, que trabalha com agricultura e pecuária. São 1.800 hectares de soja e em torno de 4 mil hectares de pasto, além das áreas de Integração-Lavoura-Pecuária (ILP), onde geralmente são produzidas soja e pastagem.
“A estrutura do confinamento é enxuta, com bastante eucalipto e tem capacidade estática de 1.000 animais. A propriedade trabalha com animais próprios, tanto Nelore quanto F1 Angus-Nelore, e recria em sistema de integração – nas novilhas F1, a Santa Isabel consegue bonificação, mas nos machos ainda não há diferenciação dos preços. A agricultura é tecnificada e os proprietários trabalham para conseguir boa tecnificação da pecuária”, destaca Eduardo Henrique Seccarecio, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria.
Já na Agropecuária SB Nova Vida (Santana do Araguaia/PA), a planta já foi usada para engordar boi e hoje é exclusivamente para recriar bezerros e prepará-los para leilão. “Um dos maiores negócios da propriedade é produzir bezerros comerciais para vender no mercado com padrão de qualidade extra. Ponto que chamou a nossa atenção é a união da equipe, integrada e apaixonada pelo que faz”, destaca Olavo Bottino, médico veterinário e técnico do Confina Brasil.
Outra parada da expedição foi na Fazenda Santa Maria (Santa Maria das Barreiras/PA), que produz soja e milho, e cria boi – recria/terminação a pasto e confinamento. O grupo tem outras fazendas para cria (o gado é enviado à propriedade no Pará para recria). Também realiza a Integração-Lavoura-Pecuária (ILP) em algumas áreas. Em outras há somente pastagem. A propriedade conta com 18 mil hectares, sendo 5 mil de mato fechado e o restante dividido entre 7 mil ha para pastagem e 5 mil ha para agricultura. “A Santa Maria trabalha com confinamento de maneira estratégica, sendo somente gado próprio, com Angus (machos e fêmeas) de boa qualidade”, reforça Felipe Araújo Dahas, médico veterinário e coordenador do Confina Brasil.
O Confina Brasil também visitou a Fazenda Manah (Santana do Araguaia/PA), do grupo Bocchi, de Cascavel (PR), que trabalha com outros negócios e tem propriedades no Paraná e Mato Grosso do Sul. Há 10 anos começou o investimento no Pará. Em Santana do Araguaia, a intenção era trabalhar somente com pecuária, mas os proprietários perceberam que também era possível trabalhar com agricultura. Hoje, plantam 12 mil hectares entre soja, milho, arroz e feijão, e trabalham com o confinamento como estratégia de intensificação no ciclo completo.
“Eles aproveitam resíduos da pré-limpeza do silo de armazenagem de grãos do confinamento. Também trabalham com tecnologia, boa estrutura e têm energia solar em quase toda a fazenda. Desde que começaram com ciclo completo, trabalham com IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo). O gado tem um excelente padrão devido ao melhoramento genético”, conta Eduardo Henrique Seccarecio.
Confira o cronograma do Confina Brasil no PA:
16 e 17 de agosto: Xinguara (PA), Água Azul do Norte (PA) e São Felix do Xingú (PA)
18 de agosto: Canaã dos Carajás (PA), Curionópolis (PA) e Xinguara (PA)
A expedição tem patrocínio ouro da BRA-XP, Elanco, Casale, Nutron e UPL; e patrocínio prata da AB Vista, Associação Brasileira de Angus, Barenbrug, Beckhauser, Confinart, GA (Gestão Agropecuária), Inpasa e Zinpro. A expedição conta ainda com o patrocínio da montadora Fiat e apoio institucional da Assocon, Embrapa Pecuária Sudeste, Embrapa Informática, Hospital de Amor de Barretos e Sociedade Rural Brasileira.
Mais informações no portal www.confinabrasil.com e Instagram @confinabrasil.