Outubro Rosa
O principal objetivo é alertar para que a prevenção ao câncer de mama ocorra independente do mês, como parte integrante de exames de rotina das mulheres ao longo do ano.
Neste ano, a entidade lançou ainda um e-book gratuito sobre câncer de mama, que oferece informações sobre o panorama geral da doença no Brasil e no mundo, além de esclarecer as dúvidas mais frequentes. Para fazer o download, acesse: https://bit.ly/3mx5F0K.
Com a cobertura já abaixo da média, o rastreamento do câncer de mama no Brasil, por meio de mamografias, caiu ainda mais durante a pandemia do Coronavírus. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), houve queda de 70% na presença de mulheres nas unidades hospitalares com o cenário pandêmico.
Para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2020, o número de exames de mamografia realizados na rede pública foi de 1,1 milhão, o que representa cerca de metade dos realizados nos anos anteriores, de 2018 e 2019, com 2,1 milhões de exames no mesmo período. Uma redução de 45% de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Câncer de Mama.
A importância das consultas e exames preventivos
Ana Carla Lima, médica mastologista e ginecologista do Materno-Infantil Barcarena, unidade do Governo do Pará, ressalta a importância das visitas regulares ao médico e a realização de exames preventivos do câncer de mama.
“É muito importante essas mulheres irem ao médico para cuidar da saúde mamária. Por meio de exames, como a mamografia, por exemplo, é possível investigar e descobrir precocemente as anomalias para atuar no tratamento do câncer de mama” afirma.
A redução da procura por esse serviço, mesmo que as unidades de saúde mantenham o atendimento e a oferta de tratamento às pacientes, pode agravar os quadros clínicos e dificultar o tratamento da doença. “Com a possibilidade de aumento do tumor, um diagnóstico tardio pode reduzir muito as chances de cura, já que o início do tratamento é postergado também”, aponta a médica.
Anualmente, o Materno-Infantil de Barcarena promove campanhas de prevenção do câncer de mama com palestras, grupos de apoio e mutirões, que contemplam municípios da região do Baixo Tocantins e arredores da região metropolitana de Belém. Além das ações realizadas na unidade, há também consultas e exames agendados pelo Sistema de Regulação (Sisreg) das Secretarias Municipais de Saúde.
Com o Materno-Infantil de Barcarena, as mulheres da região têm uma referência em cuidado em saúde mais próxima, o que reduz o tempo de espera e facilita o acesso. Ao todo, já foram oferecidos cerca de 5 mil exames pela unidade, entre mamografias, colposcopias, ultrassom de mama e biópsia.
Incentivo ao cuidado com a saúde
Segundo a profissional, é preciso adotar um estilo de vida com a inclusão de práticas saudáveis, como atividades físicas durante a semana e alimentação mais equilibrada, evitando o excesso de gorduras e carboidratos simples, por exemplo, para minimizar os riscos da doença.
“Sedentarismo, consumo de álcool em excesso, noites mal dormidas, entre outros, contribuem para baixar a imunidade. Sobrepeso e obesidade, por exemplo, são fatores de risco. Alertamos sempre para o cuidado com o estilo de vida, porque quanto antes mudar maus hábitos, melhor”, explica Ana Carla Lima.
Inaugurado em 2018, o Materno-Infantil de Barcarena realiza atendimento 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A unidade integra a rede pública de saúde do Governo do Pará, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, por meio de contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Nos quase três anos de funcionamento, já realizou 4 mil partos e cerca de 165 mil atendimentos entre consultas, internações, exames e cirurgias. Recentemente, o Materno-Infantil de Barcarena se tornou o primeiro hospital da Região do Baixo Tocantins a receber o título da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).
A certificação é concedida pelo Ministério da Saúde às instituições que cumprem os “Dez Passos” para o Sucesso do Aleitamento Materno, instituídos pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e os critérios de habilitação estabelecidos pela Portaria nº 1.153/2014.
