Deflação

Depois de nove meses de altas consecutivas, em novembro a inflação recuou 0,03% na região metropolitana de Belém. Entre as 16 regiões pesquisadas, Belém foi a única que apresentou recuo na inflação. O resultado indica que para o consumidor belenense foi possível pagar mais barato em determinadas categorias de produtos e/ou serviços. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE.
O principal responsável por puxar a inflação para baixo foi o grupo saúde e cuidados pessoais, com variação de -3,38%. Dentro do grupo, destacaram-se as reduções nos itens de higiene pessoal (-6,51%) e nos produtos farmacêuticos e óticos (-0,84%). O valor do plano de saúde também teve queda (-0,05%), refletindo a redução de 8,19% determinada em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais.
O segundo grupo a pressionar a inflação para baixo foi alimentação e bebidas, com variação de -0,53%. As principais reduções se deram no feijão carioca (-7,87%), na banana prata (-6,14%) e nos cereais, leguminosas e oleaginosas (-5,84%), o que barateou a alimentação no domicílio (-0,95%).
As ofertas de Black Friday ajudam a explicar a queda tanto na alimentação quanto nos itens de higiene pessoal, como explica o gerente do IPCA, Pedro Kislanov. “Várias marcas fizeram promoções e reduziram seus preços. No Brasil, diferente de outros países, os descontos não são centrados em um único dia. Os descontos acabam sendo dados ao longo do mês”.
Por outro lado, o valor da cebola (10,69%), do tomate (7,31%) e dos tubérculos, raízes e legumes (6,77%) tiveram aumentos expressivos.
Já o grupo habitação teve variação de -0,42%, influenciando no recuo da inflação. O maior impacto isolado veio da energia elétrica residencial (-1,91%), que teve redução pelo segundo mês consecutivo. “Tanto Belém quanto Porto Alegre tiveram redução da alíquota de PIS/Cofins, o que explica o recuo no índice”, detalha Pedro Kislanov.
O grupo transportes foi na contramão das reduções, com alta de 2,86% o grupo registrou os maiores aumentos de novembro. O principal “vilão” foi a gasolina, com aumento de 5,84%. Em seguida veio o óleo diesel, com aumento de 5,69%. Nos últimos meses os dois itens acumulam, respectivamente, altas de 45,40% e 45,19%. Em contrapartida, depois de dois meses de alta, a passagem aérea teve redução (-1,24%) em novembro.
Apesar da queda geral observada na inflação de novembro, ao longo dos últimos 12 meses o cenário é de alta: 8,70%. Na variação acumulada no ano, o indicador registra alta de 7,08%.
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