ARTE & CULTURA
A exposição “Fronteira” do artista plástico Geraldo Teixeira, fundador da Associação dos Artistas Plásticos do Pará, pode ser visitada até dia 3 de junho, das 9 às 17 horas, no Espaço Cultural SilCom a curadoria de Thiago Lima de Souza, a exposição pode ser vista até o dia 3 de junho, no Espaço Cultural Silveira Athias, em BelémZveira Athias, em Belém, mediante agendamento. Com a curadoria de Thiago Lima de Souza, ao todo a exposição conta com 16 obras.

A proposta de Geraldo Teixeira neste novo trabalho é justamente mostrar o que ele tem feito nos últimos tempos, principalmente durante a pandemia da Covid-19. “Para manter a sanidade cada vez melhor, a produção foi mais intensa, em casa e no atelier. Para o atelier, eu só fui quando a pandemia começou a diminuir um pouco”, lembra o artista.
Com 47 anos de carreira, ele ainda se considera muito inquieto, curioso e sempre em busca de melhores maneiras de se expressar. Na exposição “Fronteiras”, o artista apresenta pinturas, objetos e esculturas feitos com materiais diversos. “Eu tenho livros, que eu chamo de livros de Mondrian. São livros totalmente recobertos com pastilhas de vidro, ladrilhos; então eu lanço mão de qualquer recurso que possa ser um elemento para minha melhor expressão, para meu melhor momento da criação”, instiga.
Aliás, novos elementos estão sempre presentes nos trabalhos de Geraldo Teixeira. Ele é conhecido por utilizar em suas pinturas a encáustica, uma técnica de pintura que se caracteriza pelo uso da cera como aglutinante dos pigmentos e pela mistura densa e cremosa. Além da pintura, ele trabalha no campo tridimensional, utilizando madeira, alumínio, ferro e vidro, tendo como tema a construção náutica, característica dos rios da Amazônia, especificamente os “cavernames” (conjunto de peças que dão forma ao casco da embarcação).

Geometria orgânica - A matéria faz todo o diferencial nas criações de Geraldo Teixeira. Nesse novo momento da vida, o trabalho do artista se apresenta mais geométrico. “Eu chamo de uma geometria orgânica, porque dentro dessa rigidez, dessa coisa cartesiana da geometria, eu consigo transpor situações onde eu elimino, por exemplo, fitas para fazer uma linha reta perfeita. Não é isso que me interessa, o que me interessa é que seja uma reta provocada pelo ser humano, onde você vai ver uma imperfeição, um batimento cardíaco que a mão treme um pouco, então isso é que interessa”, justifica.
Significado de fronteira - Geraldo Teixeira propõe nesse novo trabalho a reflexão para o significado de fronteira. “A princípio, a gente pensa em fronteira como limite, muito pelo contrário. Ela não é o limite fechado, ela é uma porteira aberta pra vida”, analisa.
O artista conta ainda que encontrou no Espaço Cultural Silveira Athias o local ideal para expor suas novas obras, pela sua significância. “O Silveira Athias, um escritório de advogados, abrir um espaço cultural como este é fundamental para que a nossa sociedade reflita sobre os valores reais da vida. A arte é uma das coisas mais importantes para a gente se sentir um ser humano pleno, com dignidade, com informação, com tudo o que temos direito”, expõe.
Geraldo Teixeira atualmente vive e trabalha em Belém. Ele iniciou sua carreira em 1975 e participou de várias exposições individuais e coletivas no Brasil, Estados Unidos e Europa. Possui obras em acervos de vários museus brasileiros. Foi curador geral do Salão Paraense de Arte Contemporânea (SPAC).
Serviço:
Exposição Fronteira
Artista: Geraldo Teixeira
Curadoria: Thiago Lima de Souza
Agendamento de visitação: e-mail evento@silveiraathias.com.br
Local: Espaço Cultural Silveira Athias
Avenida Alcindo Cacela, 1858, entre avenidas Magalhães Barata e Gentil Bittencourt, bairro Nazaré
Necessário apresentar comprovante do ciclo de vacinação contra Covid-19 e uso de máscara