REDE PARÁ PODCAST #28
Talvez o título dessa reportagem divida opiniões, mas nove em cada dez azulinos que tiveram a oportunidade de acompanhar Raimundo Nonato Mesquita, 71, em campo, talvez concordem com o que foi afirmado. “Não se fazem mais ídolos como antigamente. A maioria dos jogadores de futebol de hoje não se comprometem com o clube e com os torcedores”, decretou Mesquita em um bate papo que durou mais de uma hora no podcast Rede Esportes.
Durante o início da década de 70, após ser revelado pela Tuna Luso Brasileira e conquistar seu primeiro Parazão, Mesquita fez história com a camisa do Clube do Remo colecionando mais canecos estaduais; pisou em solo português para a disputa de três temporadas pelo Atlético de Portugal; voltou ao Leão Azul até ser mandado embora de maneira polêmica (ele conta tudo no podcast); atravessou a avenida Almirante Barroso para trajar tons alvicelestes durante três anos e finalmente voltou ao Baenão para encerrar a carreira e iniciar a trajetória - vivida até os dias atuais - como engenheiro agrônomo.
“Eu sempre quis estudar para poder ajudar minha família. No início de tudo, o futebol não era prioridade. O que eu queria mesmo era ter uma profissão e contribuir com o sustento da minha casa e de meus irmãos”, contou Mesquita ao lembrar dos tempos em que jogava pelada pelas ruas do bairro do Telégrafo, em Belém. Da vida como peladeiro para as divisões de base da Tuna Luso Brasileira - onde recebeu seu primeiro salário - foi um pulo (ou um enorme salto).
Quando defendia o Leão Azul, Mesquita também teve seus desentendimentos. Em um dos imbróglios enquanto fez parte, dentro das quatro linhas, da cena futebolística paraoara Mesquita confrontou o atacante Dadá Maravilha, recém chegado ao Papão da Curuzu como uma das maiores contratações da história do clube. “Ele dizia que iria fazer um tal gol sossega Leão e nunca fez. Ficou nos provocando, eu disse algumas coisas pra ele e ele ficou p… da vida comigo. Faz parte do futebol”, desabafou em tom de descontração.
Atualmente Mesquita trabalha na manutenção do gramado de um verdadeiro templo do futebol nacional: o Mangueirão. A principal praça esportiva do futebol paraense está em reforma, ainda sem o gramado plantado para a reinauguração prevista para o segundo semestre de 2022. “É muito prazeroso cuidar do gramado onde eu joguei e fiz história. Me sinto realizado”, disse sem esconder a satisfação em participar do Rede Esportes.
Confiram a íntegra desse papo:
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