Saúde Mental
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 5 indivíduos, apresentam problemas relacionados à saúde mental na fase da adolescência. A OMS afirma também que metade das doenças dessa categoria surge aos 14 anos e que parte dos transtornos dessa categoria não são diagnosticados e nem tratados.
No âmbito escolar, problemas de saúde mental podem piorar o desempenho e ampliar a evasão escolar. Vale ressaltar que a pandemia da COVID-19, só no primeiro ano da doença, aumentou a prevalência global de ansiedade e depressão em 25%, de acordo com dados da OMS.
A psicóloga escolar do Colégio Physics, Karina Coelho, comenta sobre essa nova realidade estudantil. “O mundo da educação não ficou imune às estatísticas de saúde mental, tanto de maneira anterior, como posteriormente ao alcance do mundo com a pandemia de Covid-19, que atingiu de maneira mais pungente a saúde mental de toda a comunidade escolar. A relação já frágil que vinha sendo observada entre saúde mental e crianças, adolescentes jovens e adultos, vem sendo a realidade de todas as equipes pedagógicas, e hoje um grande obstáculo ao aprendizado. O declínio da saúde mental dos alunos vem sendo observado desde os segmentos a educação infantil até o ensino médio. Anteriormente, o ensino médio pela proximidade com os processos seletivos, era o segmento que apresentava a exuberância de comportamentos emocionais. Hoje, em todos os segmentos os alunos podem apresentar sintomas dos mais leves até os mais exuberantes e por vezes sem nenhum estímulo eliciador para um entendimento imediato do que ocorreu”.
Segundo a psicóloga, algumas características podem ser observadas a fim de auxiliar esse estudante a lidar com o problema. “Dificuldade de estabelecer prioridades, dificuldades em enfrentar situações de frustrações, imediatismo para serem supridas suas necessidades, falta de motivação, expectativas sem um delineamento objetivo, dificuldade em manter sua disciplina e afeto diante do processo de aprendizagem. E tudo isso é manifestado através de sintomas de ansiedade, fobias, crises de pânico e dificuldade em manter a autoestima”, pontua.
No colégio em que atua, Karina conta qual método foi utilizado para abordar esse tipo de problema. “Nesse ano de 2022, o projeto organizado pelo Serviço de Psicologia do Physics foi o de Comunicação Não Violenta, que pode ser trabalhado em todos os nossos segmentos e que pode trazer a melhor percepção emocional do eu, como indivíduo, para o nós, como coletivo. A acolhida da escola através de todo esse projeto traz o protagonismo do nosso aluno no seu processo de aprendizagem pedagógica e emocional”.
Karina dá algumas dicas que podem ajudar a acolher esse aluno na escola e contribuir para uma melhor inserção e convívio. “Jogos lúdicos ou esportivos, trabalhos em grupo formal ou informal e projetos de excursões de vivências práticas em parques, por exemplo, e em grupo, fazem com que gradativamente nossos alunos consigam ferramentas para seu aprendizado pedagógico e de crescimento individual, pois o momento em grupo, a socialização e o comportamento social escolar precisam de percepção de cada um e de si mesmo, para promover a disciplina, respeito e a diferença que é representada por cada um e a importância do grupo para todas essas vivências. A partir desse momento teremos o vínculo do afeto e a confiança para que se estabeleçam as relações sociais, no qual nossa comunidade escolar está inserida”, relata.
Sobre o Colégio Physics
O Colégio Physics é uma instituição de ensino ligada ao grupo Inspira Rede de Educadores, desde 2017. Faz parte da rede, um total de 44 unidades de ensino e mais de 24 mil matriculados, em todo o território nacional.
Há 22 anos atuando na área de educação, o Physics tem como principal foco educar seus alunos na perspectiva humana, com senso crítico, cooperativo, inovador e argumentativo. Visando ao respeito e à compreensão do outro, com plena capacitação dos profissionais para trabalhar com as diversas realidades.
O Colégio Physics inicia 2022 com 4.973 alunos, 10 unidades de ensino, sendo 9 no estado do Pará e uma unidade em Macapá, 796 aprovações em vestibulares em 2021, sendo 130 somente de calouros em medicina e mais de 350 colaboradores.
