HABITAÇÃO







Foto: MÁCIO FERREIRA / AG BELÉM
Mesmo com a rotina diária puxada, dona Joelma da Conceição Lobo, de 42 anos, não consegue tirar o sorriso do rosto, desde que foi morar no Residencial Maracacuera II, no distrito de Icoaraci, no mês julho. Mãe solteira, ela garante o sustento dela e dos três filhos com a venda de ovos de codorna na praia do Cruzeiro. Agora, de casa nova, apesar do cansaço, sempre tira um tempinho para aproveitar o espaço de lazer com os filhos.
"Casa nova, vida nova", se diverte. "A moradia tá boa, é seguro. Ele (filho dela) brinca tanto que já tá todo arranhado", conta entre risos, reparando o filho de quatro anos, no parquinho infantil.
Beneficiárias - Mães solo e chefes de família, como a dona Joelma, foram algumas das beneficiárias priorizadas para receber os 960 apartamentos dos residenciais Maracacuera I e Maracacuera II. Os imóveis foram entregues no dia 19 de julho pela Caixa Econômica Federal, executora da obras pelo Programa Casa Verde e Amarela.
Novo lar - A nova moradia ainda emociona a diarista Jene Nunes, de 55 anos, ao lembrar as dificuldades que viveu até a conquista do novo lar.
"Eu, às vezes, não tinha dinheiro do aluguel e fui muito humilhada, eu tinha que vender coxinha, dar meu jeito", relata entre lágrimas. "Faz dez anos que eu me inscrevi e eu orei muito pra Deus e agora, consegui", comemorou a diarista, que vive com duas filhas e uma neta e é só alegria no primeiro mês da casa nova.
Acompanhamento social - Durante o período de adaptação das famílias às novas moradias, a equipe social da Secretaria Municipal de Habitação, responsável pela seleção dos beneficiários das unidades habitacionais, realiza o acompanhamento e apoio aos moradores.
"A gente fez reuniões, contatos e solicitações para a concessionária de energia, para a Cosanpa, Semob, Semec, Seurb, todos os órgãos que pudessem dar algum tipo de suporte ou agilizar serviços de utilidade pública necessários para melhor acomodação dessas quase mil famílias", destaca o secretário municipal de Habitação Rodrigo Moraes.
"E vamos continuar com esse trabalho, porque não é só dar a casa. Precisamos garantir que as pessoas se apropriem da cidade, que tenham acesso a serviços básicos e essa é a forma de trabalho da atual gestão", pontua o secretário.
Geração de renda - Desempregada, Leila Silveira, de 44 anos, aproveita não só a casa nova, mas viu na grande quantidade de crianças nos residenciais uma oportunidade e montou uma venda de salgadinhos, doces e bombons.
"Tem muita criança, tem muitos vizinhos legais. Aí, a gente vai tirando, de centavo em centavo a gente vai conseguindo", conta Leila, que já tem outros comerciantes vizinhos na área, com venda de sanduíches, serviços de beleza e estética, frango assado e outros produtos.
Dignidade - A conquista da moradia chegou aos 68 anos para a dona de casa Maria do Nascimento Souza. Ainda com poucos móveis no apartamento 101 do Residencial Maracacuera I, ela diz que improvisa, mas que já está deixando o lar do jeito dela e diz, brincalhona: "Aqui quem manda sou eu", caindo na gargalhada e mostrando a casa orgulhosa.
"Eu gostei muito daqui, o vento é ótimo, a vizinhança é muito boa, tudo eu gostei e a minha casa é o melhor", conclui satisfeita, a dona Maria, que morava com parentes em Cotijuba e agora, comemora o primeiro mês no lar que gosta de dizer que é dela.